Chapéu Véio
Eu perdi meu chapéu véio
Nem sei, quanto tempo faz
Galopeava em meu cavalo
Que não pude olhar pra traz
Um golpe feio de adaga
Do chapéu tirou um pedaço
Uns cinco ou seis me bateram
Me escapei brasino a laço
Meu chapéu véio
Eu não troco e não vend
Pois depois eu me arrependo
Quem me conhece já sabe
(Não tem dinheiro que pague)
Que nem cego em tiroteio
No forte de uma peleia
Virei em perna ligeiro
Quando vi a coisa feia
Os meses então passaram
Do meu chapéu, nem notícia
Ofereci recompensa
Dei parte até pra polícia
Certa feita, num bolicho
Lá prás bandas do quebracho
Encontrei meu chapéu véio
Na cabeça de um borracho
Por isso fiz estes versos
De mãos postas para o céu
Obrigado patrão santo
Por encontrar meu chapéu
Sombrero Viejo
Perdí mi sombrero viejo
No sé cuánto tiempo ha pasado
Galopaba en mi caballo
Que no pude mirar hacia atrás
Un golpe feo de daga
Del sombrero arrancó un pedazo
Unos cinco o seis me golpearon
Logré escapar como pude
Mi sombrero viejo
No lo cambio ni lo vendo
Porque luego me arrepiento
Quien me conoce ya lo sabe
(No hay dinero que lo pague)
Como ciego en tiroteo
En medio de una pelea
Di la vuelta rápidamente
Cuando vi la situación fea
Los meses pasaron
Del sombrero, ni rastro
Ofrecí recompensa
Incluso informé a la policía
Una vez, en un bar
Por los lados del quebracho
Encontré mi sombrero viejo
En la cabeza de un borracho
Por eso escribí estos versos
Con las manos juntas al cielo
Gracias patrón santo
Por encontrar mi sombrero
Escrita por: Adriano Tarouco / Sergio Tarouco