395px

Escritas

Alameda dos Anjos

Escritas

Quero dizer quanto sinto a saudade sua
Quero saber por quanto tempo ainda vou sentir
Lhe escrevo cartas mas nem sei seu endereço
E nem se lhe conheço tanto quanto um dia conheci

Em versos isolados de cada canção
Escuto os berros que me saem do coração
Na minha mente eu vago pelos olhos que são seus
E as canções que eu escuto todo mundo já esqueceu
Se conheceu

E aí então, esqueço do futuro e passo
O tempo viajando pra trás
E aí então, eu vejo no escuro o espaço
Que essa sua falta me traz
E o que essa sua falta me traz?

Em tantos textos que nem sei o que lhe peço
Eu proso, eu verso, eu argumento minha confusão
E as palavras vão surgindo, vêm na hora
O que me demora é ajeitar todas com perfeição

Assim parece fácil falar de nós dois
Mas se você está perto eu deixo pra depois
Que bobo, que patético e ridículo sou eu
As coisas que escrevo qualquer tolo já escreveu
E escondeu

E aí então, esqueço do futuro e passo
O tempo viajando pra trás
E aí então, eu vejo no escuro o espaço
Que essa sua falta me traz
E o que essa sua falta me traz?

Excessos que limitam a razão
Em versos pra chegar ao coração
Dispersos não revelam a paixão
Inversos só entregam a aflição

Dramáticos pra quem não vai viver
Tão práticos pra quem quer esconder
Simpáticos pra quem quiser saber
Elásticos pra quem quer esquecer

Tem horas que não ligo pro final
Agora já não sei se me faz mal
Por fora eu pareço tão normal
Demora, mas, como tudo, é mortal

E vai viver pra sempre
Eu sei, aqui em algum lugar
E vai passar e vai passar
E vai voltar
E aí então, esqueço
Do futuro e passo
E aí então, eu vejo
No escuro o espaço

E aí então, esqueço do futuro e passo
O tempo viajando pra trás
E aí então, eu vejo no escuro o espaço
Que essa sua falta me traz
E o que essa sua falta me traz?
O que essa sua falta me traz?
O que essa sua falta me traz?

Escritas

Quiero decir cuánto extraño tu ausencia
Quiero saber por cuánto tiempo más sentiré
Te escribo cartas pero ni siquiera sé tu dirección
Y ni siquiera sé si te conozco tanto como un día te conocí

En versos aislados de cada canción
Escucho los gritos que salen de mi corazón
En mi mente vagabundeo por tus ojos
Y las canciones que escucho todo el mundo ya olvidó
Si es que las conoció

Y entonces, olvido el futuro y paso
El tiempo viajando hacia atrás
Y entonces, veo en la oscuridad el espacio
Que tu ausencia me trae
¿Y qué me trae tu ausencia?

En tantos textos que ni sé qué te pido
Yo hablo, yo verso, yo argumento mi confusión
Y las palabras van surgiendo, vienen en el momento
Lo que me demora es ajustarlas todas con perfección

Así parece fácil hablar de nosotros dos
Pero si estás cerca, lo dejo para después
Qué tonto, qué patético y ridículo soy yo
Las cosas que escribo cualquier tonto ya las escribió
Y escondió

Y entonces, olvido el futuro y paso
El tiempo viajando hacia atrás
Y entonces, veo en la oscuridad el espacio
Que tu ausencia me trae
¿Y qué me trae tu ausencia?

Excesos que limitan la razón
En versos para llegar al corazón
Dispersos no revelan la pasión
Inversos solo entregan la aflicción

Dramáticos para quien no va a vivir
Tan prácticos para quien quiere esconder
Simpáticos para quien quiera saber
Elásticos para quien quiere olvidar

Hay momentos en los que no me importa el final
Ahora ya no sé si me hace daño
Por fuera parezco tan normal
Demora, pero, como todo, es mortal

Y va a vivir para siempre
Sé que aquí en algún lugar
Y va a pasar y va a pasar
Y va a volver
Y entonces, olvido
El futuro y paso
Y entonces, veo
En la oscuridad el espacio

Y entonces, olvido el futuro y paso
El tiempo viajando hacia atrás
Y entonces, veo en la oscuridad el espacio
Que tu ausencia me trae
¿Y qué me trae tu ausencia?
¿Qué me trae tu ausencia?
¿Qué me trae tu ausencia?

Escrita por: Dani Policastro