As Carvoeiras
Refrão:
Ai venham ver
Venham ver as Carvoeiras
Venham ver os olhos delas
Que maneiras têm de olhar
Ai venham ver
Dois carvões numa braseira
Que puseram à janela
Para o vento os atear
Sem a cor das bandeiras domingueiras
Sem o Sol que têm as chitas
Ó Lisboa, sem favor
Como as tuas Carvoeiras são bonitas
Olhai-as passando, gentis toutinegras
Por dentro tão brancas, por fora tão negras
As asas são ancas, num ritmo brando
Porque não pisam, deslizam voando
Refrão
A correr muito cingida a ilharga
Muito à larga o coração
Tão bonitas são de ver
As varinas na descarga do carvão
Gigas balouçando têm semelhanças
Com barcos vogando nas ondas das tranças
Travessas, gaiatas, correndo, voando
Os seios são ondas redondas arpando
Refrão
Las Carvoeiras
Coro
Aquí ven y ven a ver
Ven a ver los carbones
Ven a ver sus ojos
¿Qué formas de mirar
Aquí ven y ven a ver
Dos carbones en un brasero
Que ponen a la ventana
Para que el viento los ponga
Sin el color de las banderas dominicales
Sin el sol tienen guepardos
O Lisboa, no favor
Qué hermosas son tus brasas
Mírenlos pasando, tiernos torbellinos
Dentro tan blanca, afuera tan negra
Las alas son caderas, a un ritmo suave
Porque no pisan, se deslizan volando
Coro
Correr demasiado apretado a la parte posterior de la espalda
Demasiado ancho el corazón
Tan hermosas son para ver
Las varinas en la descarga de carbón
Los gigas oscilantes tienen similitudes
Con barcos anulando en las olas de las trenzas
Estrangulos, chaipers, correr, volar
Los pechos son ondas redondas ondeando
Coro