Engenho Velho
Eu tenho medo do trovão
Cara de velha, enterro e caixão
Medo da meia noite
E que o diabo açoite na escuridão
Morava na casa de engenho
Engenho velho e um velho falador
Que contava que no mato
Comadre Florzinha já lhe aperriou
Sei não
Não sou de valentia
Já vi gente que fugia
Dizendo ter medo não
Pois é sou herói da covardia
Mas vale um covarde vivo
Que um herói morto em ação
Valha-me Deus Nossa Senhora
Venho vos pedir agora
Vossa Santa proteção
Para me livrar desta agonia
Que eu vivo noite e dia
Com medo do mundo cão
Valha-me Deus Nossa Senhora
Venho vos pedir agora
Vossa Santa proteção
Para me livrar desta agonia
Que eu vivo noite e dia
Com medo do mundo cão
Engenho Velho
Tengo miedo del trueno
Cara de vieja, entierro y ataúd
Miedo de la medianoche
Y que el diablo azote en la oscuridad
Vivía en la casa del ingenio
Ingenio viejo y un viejo parlanchín
Que contaba que en el monte
Comadre Florzinha ya lo había molestado
No sé
No soy valiente
He visto gente que huía
Diciendo que no tenían miedo
Pues soy un héroe de la cobardía
Pero vale más un cobarde vivo
Que un héroe muerto en acción
Valgame Dios Nuestra Señora
Vengo a pediros ahora
Vuestra Santa protección
Para librarme de esta agonía
Que vivo noche y día
Con miedo del mundo perro
Valgame Dios Nuestra Señora
Vengo a pediros ahora
Vuestra Santa protección
Para librarme de esta agonía
Que vivo noche y día
Con miedo del mundo perro