Sou de Arerê

Chegou na roda de samba assanhada
Jurando meter a porrada
em quem olhasse pra mim

E eu sabendo da nega arretada
amenizei a mulherada
pro samba não chegar ao fim

Parece mentira compadre
Contado ninguém acredita
Quando a nega se arranha
o nariz arrebita

Empina a bunda pro lado
Mexe de mãos nos quadris
Roda a baiana inteirinha
Sacode os ombros e diz

(Eu sou!)
Sou de arerê
Boto pra quebrar
Homem meu nenhuma piranha
Vai se debochar

Soy de Areê

Vino en la rueda de samba
Juró vencer a la basura
que me miraba

Y sé la negación
Ablandaré a las damas
pro samba no llega al final

Suena como una mentira compadre
Contado nadie cree
Cuando lo niegas, te rascas
las rasgaduras de la nariz

Tire de su culo a un lado
Mueve las manos sobre las caderas
Rueda toda la Bahía
Sacuda tus hombros y di

(¡Lo soy!)
Soy de arerê
Boto para romper
Hombre mío, no piraña
Te vas a burlarte de ti mismo

Composição: Nelson Rufino / Paulo Daltro