Holofotes
Desde o fim da estória eu já segui navios
Aviões e holofotes pela noite afora
Me fissuram tantos signos e selvas, portos, places
Línguas, sexos, olhos de Amazônias que inventei
Dias sem carinho, só que não me desespero
Rango, alumínio, ar, pedra, carvão e ferro
Eu lhe ofereço essas coisas que enumero
Quando fantasio é quando sou mais sincero
Eis a Babilônia, amor e eis Babel aqui
Algo da insônia do seu sonho antigo em mim
Eis aqui o meu presente de navios e aviões
Holofotes, noites afora e fissuras e invenções
Tudo isso é pra queimar-se combustível
Pra se gastar
O carvão e o desespero
O alumínio e o coração
Focos de luz
Desde el final de la historia ya he seguido barcos
Aviones y focos de luz por la noche afuera
Me obsesionan tantos signos y selvas, puertos, plazas
Lenguas, sexos, ojos de Amazonas que inventé
Días sin cariño, pero no me desespero
Comida, aluminio, aire, piedra, carbón y hierro
Te ofrezco estas cosas que enumero
Cuando fantaseo es cuando soy más sincero
Aquí está Babilonia, amor y aquí está Babel en mí
Algo de la vigilia de tu antiguo sueño en mí
Aquí está mi regalo de barcos y aviones
Focos de luz, noches afuera y obsesiones e invenciones
Todo esto es para quemarse como combustible
Para gastarse
El carbón y la desesperación
El aluminio y el corazón
Escrita por: Antônio Cícero / João Bosco / Wally Salomão