Saudade Brejeira

Que saudade do meu alazão
Do berrante imitando o trovão
Da boiada debaixo do sol
Nos caminhos gerais do sertão.

Das estrelas na noite, luar
Capê-lobo na mata azul
Do arroz com pequi, do ingá
Dos amigos de fé da minha terra.

Minha terra de Ribeirão das Caldas
De olho-d'água, magia e procissão
De congadas, do meu chapéu de palha
Desse amor natural do coração.

Quando mãe traz notícias de lá
A vontade é voltar pra ficar
Me abençoa o céu de acauã
De ripina, pinhé no pé de serra.

Minha serra de ouro e dor dourada
Quanta tristeza nas tardes do sertão
Que a noite transforma em serenata
Cantoria que afasta a solidão.

O meu peito goiano é assim:
De saudade brejeira sem fim
Quando gosta ele diz que "trem bão"
Quanto canta a viola é paixão.

Misdade Brejeira

Echo de menos a mi acedera
Desde el brillo imitando el trueno
Del ganado bajo el sol
En los caminos generales de los bosques

De las estrellas en la noche, la luz de la luna
Lobo capeta en el bosque azul
De arroz con pequi, de ingá
De amigos de fe en mi tierra

Mi tierra de Ribeirão das Caldas
De ojos de agua, magia y procesión
De rana, de mi sombrero de pajita
De este amor natural del corazón

Cuando madre trae noticias de allí
La voluntad es volver para quedarse
Bendígame el cielo de Ahauan
Ripino, pino en el pie de sierra

Mi sierra dorada y dolor dorado
¿Cuánta tristeza en las tardes de los bosques de fondo
Esa noche se convierte en serenata
Cantar que aleja la soledad

Mi pecho Goiana se ve así
De infeliz interminable
Cuando le gusta, dice “tren bao
Cuánto cantas la viola es pasión

Composição: José Eduardo Morais / Nasr Chaul