Quero a Igualdade
Queria ver um Brasil igualitário
Onde você, boy, fosse reduzido a número funerário
Onde, na necrópsia, serrassem sua caixa craniana
Porque sua etnia é alvo da policia desumana
Ou depois de ser expulso do mercado de trabalho
Buscando batismo na sigla que domina o Estado
Assassino social, você devia ser traumatizado
Pelo relato extrajudicial do cu da Tático
Aí tio, seu filho não pareceu bandidão
Ajoelhado, clamando pela vida no chão
Eu sonho com você acuado num plenário
Defendido pelo defensor que nem conhece seu caso
Ou buscando liberdade de forma cinematográfica
Metralhando guarita, explodindo muralha
Oro pra Deus pra te ver alvejado na emergência
Tendo como causa mortis a negligência
Sua bandeira é vermelha, não pelo partido
Mas pelo gráfico alarmante dos seus homicídios
Igual você quero laqueadura em massa, mas nas ricas
Pra não nascerem os novos cânceres da política
Assim, acaba a vítima no DP nos descrevendo
Ou jogada amarrada do Versa em movimento
Não é psicose te querer no ácido dissolvendo
Só quero te ver provando do próprio veneno
Vem viver um minuto na sociedade igualitária
Sentir o gosto da fome, ser matrícula carcerária
Ser alvo do preconceito, ter o Estado contra você
Ser um caso arquivado no DHPP
Se fosse seu filho na praça de alimentação
Sendo expulso porque alguém quis pagar a refeição
Garanto que não ia tá vendo aula de lunático
Que diz como um menor deve ser trucidado
Nem escrevendo merda na internet todo dia
Excluído faz filho pra receber Bolsa Família
Não ia tá plantando falsa informação
Mentindo que todo preso recebe auxílio reclusão
Por que não diz que é você que põe a arma no teto do Fox?
Afugentando polícia, pra Caixa virar destroços
Bem antes de ler Vigiar e Punir de Foucault
Sabia a lógica das suas prisões, opressor
Não existe nenhum caráter humanista
Apenas ideia vingativa e punitivista
Por isso, seu soldado é exterminado
Segurando o fuzil que não dispara, velho, enferrujado
Liga pro Copom, gritando até ficar rouco
Me ajuda, tô ferido, socorro, reforço!
Seria um prazer te ver iludido, fazendo plano
Pensando em vencer assaltando o apê do coreano
Ou após o furto, chicoteado no mercado
Ou com bolsa de colostomia, implorando trocado
Não sou diabólico como um Serial Killer herdeiro
Apenas queria o feitiço virando contra o feiticeiro
Vem viver um minuto na sociedade igualitária
Sentir o gosto da fome, ser matrícula carcerária
Ser alvo do preconceito, ter o Estado contra você
Ser um caso arquivado no DHPP
Nunca vi favelado ensinando o preconceito
Falando: Filho, discrimine o menino negro
Pobre não faz festa e vai fantasiado
Com personagem caracterizado como escravo
Nossos valores são família, respeito, viver
Não ser genocida pilotando um R8 GT
Sumemo, não comemoro MC erguido na quebrada
Festejo só quando faculdade for inaugurada
Quero ser o catalizador da mudança
Onde não tenha fugitivo sequestrando ambulância
Onde mulher não vá pra penitenciária deprimente
Usar miolo de pão como absorvente
Chega de redações com melhores pontuações
Porque o Sisu adora ódio e discriminações
Boy, tô cagando pra sua lei anti-terrorismo
Foda-se você e seu regime militar clandestino
Onde a meta do governo não é armar você
Mas atrair fabricantes da morte como Caracal e CZ
Sei que ainda vão dizer que Eduardo é agressivo
Por desejar a nossa vida pro inimigo
Não tenho dó, porque sei que o foco nas mansões
É pôr no mesmo pavilhão várias facções
Pra depois dar acesso de uma pra outra
E curtir o sangue jorrando pelo nariz, olho e boca
Vem viver um minuto na sociedade igualitária
Sentir o gosto da fome, ser matrícula carcerária
Ser alvo do preconceito, ter o Estado contra você
Ser um caso arquivado no DHPP
Quiero la Igualdad
Quería ver un Brasil igualitario
Donde tú, chico, fueras reducido a número funerario
Donde, en la autopsia, serraran tu caja craneana
Porque tu etnia es blanco de la policía deshumana
O después de ser expulsado del mercado laboral
Buscando bautismo en la sigla que domina el Estado
Asesino social, deberías ser traumatizado
Por el relato extrajudicial del trasero de la Táctica
Ahí tío, tu hijo no parecía un bandido
Arrodillado, clamando por su vida en el suelo
Sueño contigo acorralado en un plenario
Defendido por el defensor que ni conoce tu caso
O buscando libertad de forma cinematográfica
Metralleando garita, explotando muralla
Rezo a Dios para verte alcanzado en la emergencia
Teniendo como causa de muerte la negligencia
Tu bandera es roja, no por el partido
Sino por el gráfico alarmante de tus homicidios
Igual que tú quiero ligadura en masa, pero en los ricos
Para que no nazcan los nuevos cánceres de la política
Así, acaba la víctima en la DP describiéndonos
O tirada amarrada del Versa en movimiento
No es psicosis quererte disolviendo en ácido
Solo quiero verte probando tu propio veneno
Ven a vivir un minuto en la sociedad igualitaria
Sentir el sabor del hambre, ser matrícula carcelaria
Ser blanco del prejuicio, tener al Estado en tu contra
Ser un caso archivado en el DHPP
Si fuera tu hijo en la plaza de alimentación
Siendo expulsado porque alguien quiso pagar la comida
Aseguro que no estarías viendo clase de lunático
Que dice cómo un menor debe ser destrozado
Ni escribiendo mierda en internet todos los días
Excluido hace hijos para recibir Bolsa Familia
No estarías plantando falsa información
Mintiendo que todo preso recibe ayuda de reclusión
¿Por qué no dices que eres tú quien pone el arma en el techo del Fox?
Ahuyentando policía, para que la Caja se vuelva escombros
Mucho antes de leer Vigilar y Castigar de Foucault
Sabía la lógica de tus prisiones, opresor
No existe ningún carácter humanista
Solo idea vengativa y punitivista
Por eso, tu soldado es exterminado
Sosteniendo el fusil que no dispara, viejo, oxidado
Llama al Copom, gritando hasta quedar ronco
¡Ayúdame, estoy herido, socorro, refuerzo!
Sería un placer verte ilusionado, haciendo planes
Pensando en vencer asaltando el departamento del coreano
O después del robo, azotado en el mercado
O con bolsa de colostomía, pidiendo limosna
No soy diabólico como un heredero de Asesino en Serie
Solo quería que el hechizo se volviera contra el hechicero
Ven a vivir un minuto en la sociedad igualitaria
Sentir el sabor del hambre, ser matrícula carcelaria
Ser blanco del prejuicio, tener al Estado en tu contra
Ser un caso archivado en el DHPP
Nunca vi a un favelado enseñando el prejuicio
Diciendo: Hijo, discrimina al niño negro
El pobre no hace fiesta y va disfrazado
Con personaje caracterizado como esclavo
Nuestros valores son familia, respeto, vivir
No ser genocida manejando un R8 GT
Sabemos, no celebro MC levantado en la favela
Festejo solo cuando se inaugure la universidad
Quiero ser el catalizador del cambio
Donde no haya fugitivo secuestrando ambulancia
Donde la mujer no vaya a la penitenciaría deprimente
Usar pan como absorbente
Basta de redacciones con mejores puntuaciones
Porque el Sisu adora el odio y las discriminaciones
Chico, me importa un carajo tu ley antiterrorista
Que te jodan a ti y a tu régimen militar clandestino
Donde la meta del gobierno no es armarte a ti
Sino atraer fabricantes de la muerte como Caracal y CZ
Sé que aún dirán que Eduardo es agresivo
Por desear nuestra vida para el enemigo
No tengo lástima, porque sé que el enfoque en las mansiones
Es poner en el mismo pabellón varias facciones
Para luego dar acceso de una a otra
Y disfrutar la sangre brotando por la nariz, ojo y boca
Ven a vivir un minuto en la sociedad igualitaria
Sentir el sabor del hambre, ser matrícula carcelaria
Ser blanco del prejuicio, tener al Estado en tu contra
Ser un caso archivado en el DHPP
Escrita por: Carlos Eduardo Taddeo