395px

Desde el Fondo del Pozo

Carlos Monteiro Júnior

Do Fundo do Poço

Falam que eu sou grosso, não tem importância,
quem diz o que quer ouve o que não deve,
só dou meus passos conforme a distância,
pisar no meu pala nem louco se atreve.

Se venho da grota não tenho futuro,
é pra cantar meu pago do jeito que eu quero,
não fico fazendo jogo de cintura,
naquilo que eu faço eu sou muito sincero.

Refrão (2x):
Eu sou bem aceito em qualquer sociedade,
de bota e bombacha e lenço no pescoço,
no verso que faço eu pego a liberdade
e arranco a verdade do fundo do poço.

Este é meu jeito de ser em meu mundo,
já nasci assim e assim vou morrer,
quem não me conhece, porque eu não tenho estudo,
quando eu tenho ideia é pra dar e vender.

É por minha terra que canto o que canto,
dizendo o que sinto em cada canção,
num gesto fraterno de puro acalanto,
semente nativa que vem deste chão.

Refrão

Na simplicidade do traje que eu uso
não vejo motivo pra ser criticado,
se em outras pagagens me sinto um intruso,
na minha querência sou bem estimado.

A pé ou a cavalo sou sempre um gaúcho,
proseando da sala ou no chão do terreiro,
retorno centauro, queimando cartucho,
mostrando pro mundo o que é ser brasileiro.

Refrão

Desde el Fondo del Pozo

Falan que soy grosero, no importa,
quien dice lo que quiere escucha lo que no debe,
solo doy mis pasos según la distancia,
pisar en mi territorio ni loco se atreve.

Si vengo del barranco no tengo futuro,
es para cantar mi pago como quiero,
no ando con rodeos,
en lo que hago soy muy sincero.

Coro (2x):
Soy bien aceptado en cualquier sociedad,
con botas y bombachas y pañuelo al cuello,
en el verso que hago tomo la libertad
y saco la verdad desde el fondo del pozo.

Este es mi modo de ser en mi mundo,
ya nací así y así moriré,
quien no me conoce, porque no tengo estudios,
cuando tengo una idea es para dar y vender.

Es por mi tierra que canto lo que canto,
diciendo lo que siento en cada canción,
en un gesto fraterno de puro consuelo,
semilla nativa que viene de esta tierra.

Coro

En la sencillez del traje que uso
no veo motivo para ser criticado,
si en otros lugares me siento un intruso,
en mi lugar de origen soy bien apreciado.

A pie o a caballo siempre soy un gaucho,
charlando en la sala o en el suelo del patio,
vuelvo centauro, quemando cartuchos,
mostrando al mundo lo que es ser brasileño.

Coro

Escrita por: