395px

Sangre Azul

Cezar e Paulinho

Sangue Azul

Me considero um rei de pés no chão
Um rei que faz deste sertão o que ele é
Minha coroa é o meu chapéu de palha
E o meu castelo é meu rancho de sapé.
Meu trono é feito de um tronco de aroeira
E a minha espada é meu amigo violão
Eu faço das estrelas o meu quartel
Cintilar lá no céu pra escoltar minha ilusão

Fui pela mãos da natureza coroado
O meu reinado é meu sertão de norte a sul
Lá na cidade sou chamado de matuto
Mais do nosso solo bruto sou eu o nobre sangue azul.

A lua cheia é o meu brasão
Trazendo a imagem do meu santo protetor
Iluminado os quatro cantos do meu mundo
Transformo a noite num cenário multicor.
Falta-me agora pra enterrar minha nobreza
E a natureza me de tudo que sonhei
Uma cabocla para ser somente minha
Mulher, esposa e rainha pro meu coração.

Sangre Azul

Me considero un rey de pies en la tierra
Un rey que hace de este desierto lo que es
Mi corona es mi sombrero de paja
Y mi castillo es mi rancho de paja.
Mi trono está hecho de un tronco de aroeira
Y mi espada es mi amigo el violín
Hago de las estrellas mi cuartel
Brillar en el cielo para escoltar mi ilusión

Fui coronado por las manos de la naturaleza
Mi reino es mi desierto de norte a sur
En la ciudad me llaman campesino
Pero de nuestra tierra bruta soy el noble sangre azul.

La luna llena es mi escudo
Trae la imagen de mi santo protector
Iluminando los cuatro rincones de mi mundo
Transformo la noche en un escenario multicolor.
Me falta ahora para enterrar mi nobleza
Y la naturaleza me da todo lo que soñé
Una mestiza para ser solo mía
Mujer, esposa y reina para mi corazón.

Escrita por: Carlinho Rios / Cezar