Monólogo Ao Pé De Ouvido
Modernizar o passado
É uma evolução musical
Cadê as notas que estavam aqui?
Não preciso delas!
Basta deixar tudo soando bem aos ouvidos
O medo dá origem ao mal
O homem coletivo sente a necessidade de lutar
O orgulho, a arrogância, a glória
Enche a imaginação de domínio
São demônios os que destroem o poder
Bravio da humanidade
Viva Zapata!
Viva Sandino!
Viva Zumbi
Antônio conselheiro!
Todos os panteras negras
Lampião sua imagem e semelhança
Eu tenho certeza eles também cantaram um dia
Há um tempo atrás se falava em bandidos
Há um tempo atrás se falava em solução
Há um tempo atrás se falava em progresso
Há um tempo atrás que eu via televisão
Galeguinho do Coque não tinha medo, não tinha
Não tinha medo da perna cabeluda
Biu do olho verde fazia sexo, fazia
Fazia sexo com seu alicate
Oi sobe morro, ladeira, córrego, beco, favela
A polícia atrás deles e eles no rabo dela
Acontece hoje e acontecia no sertão
Quando um bando de macaco perseguia Lampião
E o que ele falava outros, hoje ainda falam
Eu carrego comigo: Coragem, dinheiro e bala
Em cada morro uma história diferente
Que a polícia mata gente inocente
E quem era inocente hoje já virou bandido
Pra poder comer um pedaço de pão todo fudido
Banditismo por pura maldade
Banditismo por necessidade
Banditismo por uma questão de classe
Monólogo por oreja
Modernizando el pasado
Es una evolución musical
¿Dónde están las notas que estaban aquí?
¡No los necesito!
Deja que todo suene en tus oídos
El miedo da lugar al mal
El hombre colectivo siente la necesidad de luchar
Orgullo, arrogancia, gloria
Llena la imaginación del dominio
Los demonios son los que destruyen el poder
Valentía de la humanidad
¡Viva Zapata!
¡Viva Sandino!
Zombi vivo
¡Asesor de Antônio!
Todas las panteras negras
Lampião tu imagen y semejanza
Seguro que también cantaron un día
Hace un rato se hablaba de bandidos
Hace un tiempo se habló de una solución
Hace un rato se hablaba de progreso
Hace un rato vi la tele
Galeguinho do Coque no tenía miedo, no estaba
No le tenía miedo a la pierna peluda
Biu del ojo verde tuvo sexo
Tuvo sexo con sus pinzas
Oi sube colina, pendiente, arroyo, callejón, favela
La policía detrás de ellos y ellos en su culo
Pasa hoy y pasó en el sertão
Cuando una bandada de monos persiguió a Lampião
Y lo que dijeron otros, hoy todavía hablan
Lo llevo conmigo: Coraje, dinero y bala
En cada colina una historia diferente
Que la policía mata gente inocente
Y quien era inocente hoy ya se ha convertido en bandido
Para poder comerme un trozo de pan todo jodido
Bandidaje por pura malicia
Bandidaje por necesidad
Bandidaje por el bien de la clase