Vinil Virtual (Aperto de Mente 2)
Ser o ou não ser, por quê
Ser o ou não ser, por quê
Ser o ou não ser
Ser o ou não ser, por quê
Eis a questão
Eis o tesão
Ser o ou não ser
Múltiplos, muitas todas?
A mulher o avesso do homem?
O homem o avesso da mulher?
Rá rá rá
Uma estranha humana de candomblé, híbrida
Vivo todas as realidades da minha
Sou imaginação
Dos meus pares
Do meu pais
Dos meus pais, da minha cidade
Uso todas as identidades
As duas partes do cérebro, sou plural
Tenho sétimo sentido
Sou poeta, sei sonhar
Sou de outros planetas, gametas
Sei ser outros e outras
Ser todas
Sou carnavais, sou os carnavais
Amo os iguais e os diferentes
Amo gente sem padrão, sem patrão
Sem continente
Sem alfândegas, sem fronteiras
Sem barreiras
Amo milhões de pessoas
Todos os genes são todos iguais
Nossos genes são todos iguais
Temos casas na barriga
Eu tenho asas
Eu gero a vida em meu corpo
Onde mora o mistério
Cada gravidez um big bang em mim
Um big bang em mim
Um big bang em mim
Cada gravidez um big bang em mim
O inicio de tudo aqui dentro do meu corpo
Da minha pele, do meu sangue
Da minha mente
Sou uma espécie de planeta
Que se reproduz dentro de si mesma
Gero outros planetas
Outro sistema solar
Uma família nuclear
Das cordas do meu DNA
Me multiplico, expando, explodo
Gero matéria de amor
A vida se explica no meu ser
É muito poder gerar vida
É um imenso poder gerar vida
É mais que viver
É mais eu sagrado, é encantado
O corpo da mulher é sagrado
É o próprio amor
É o poder criador da mãe
Da matriz do senhor
Que se apropriou
Do poder de quem mais te amou
De quem lhe gerou
Matou a mãe
E inventou que o criador é um homem
É um homem
Como da vida ninguém sabe
Como da morte ninguém sabe
Dessa vida ninguém sabe dos mistérios
Sou indígena preta branca e amarela
Sou Ilê
Sou desse hemisfério
Sou solar do sul
Onde há afeto ignorância
Ser ou não ser eis a questão
Ser gay ou não ser, a confusão
Inversão de valores
Equação sem razão
A vida brincando com a vida
É como escrever com as duas mãos
É ser multifunção
É negar o dominador
Ser escrava e senhora de si mesma
Ser abstrata por ter tudo multiplicado
É nascer sem pecado
Se a humanidade descende de Caim e Abel
Como sou infiel?
Ser ou não ser
Quem aprende a gostar de mulher
Quem tem pele macia
Inteligência e intuição
Generosidade malicia poder e paixão
Duas mulheres
Duas luas
Dois sóis
E a imensidão dentro de nós
Duas mães
Duas sogras
Duas avós
E a imensidão dentro de nos
Vinilo Virtual (Mente Abierta 2)
Ser o no ser, ¿por qué
Ser o no ser, ¿por qué
Ser o no ser
Ser o no ser, ¿por qué
He aquí la cuestión
He aquí el deseo
Ser o no ser
¿Múltiples, muchas todas?
¿La mujer el reverso del hombre?
¿El hombre el reverso de la mujer?
Ja ja ja
Una extraña humana de candomblé, híbrida
Vivo todas las realidades de la mía
Soy imaginación
De mis pares
De mi país
De mis padres, de mi ciudad
Uso todas las identidades
Las dos partes del cerebro, soy plural
Tengo séptimo sentido
Soy poeta, sé soñar
Soy de otros planetas, gametos
Sé ser otros y otras
Ser todas
Soy carnavales, soy los carnavales
Amo a los iguales y a los diferentes
Amo gente sin patrón, sin jefe
Sin continente
Sin aduanas, sin fronteras
Sin barreras
Amo a millones de personas
Todos los genes son todos iguales
Nuestros genes son todos iguales
Tenemos casas en el vientre
Yo tengo alas
Yo genero la vida en mi cuerpo
Donde reside el misterio
Cada embarazo un big bang en mí
Un big bang en mí
Un big bang en mí
Cada embarazo un big bang en mí
El inicio de todo aquí dentro de mi cuerpo
De mi piel, de mi sangre
De mi mente
Soy una especie de planeta
Que se reproduce dentro de sí misma
Genero otros planetas
Otro sistema solar
Una familia nuclear
De los hilos de mi ADN
Me multiplico, expando, exploto
Genero materia de amor
La vida se explica en mi ser
Es mucho poder generar vida
Es un inmenso poder generar vida
Es más que vivir
Es más yo sagrado, es encantado
El cuerpo de la mujer es sagrado
Es el propio amor
Es el poder creador de la madre
De la matriz del señor
Que se apropió
Del poder de quien más te amó
De quien te generó
Mató a la madre
E inventó que el creador es un hombre
Es un hombre
Como de la vida nadie sabe
Como de la muerte nadie sabe
De esta vida nadie sabe los misterios
Soy indígena negra blanca y amarilla
Soy Ilê
Soy de este hemisferio
Soy solar del sur
Donde hay afecto ignorancia
Ser o no ser he aquí la cuestión
Ser gay o no ser, la confusión
Inversión de valores
Ecuación sin razón
La vida jugando con la vida
Es como escribir con las dos manos
Es ser multifunción
Es negar al dominador
Ser esclava y señora de sí misma
Ser abstracta por tener todo multiplicado
Es nacer sin pecado
Si la humanidad desciende de Caín y Abel
¿Cómo soy infiel?
Ser o no ser
Quien aprende a gustar de mujer
Quien tiene piel suave
Inteligencia e intuición
Generosidad malicia poder y pasión
Dos mujeres
Dos lunas
Dos soles
Y la inmensidad dentro de nosotras
Dos madres
Dos suegras
Dos abuelas
Y la inmensidad dentro de nosotras
Escrita por: Daniela Mercury