Falso Soneto
Eu vivo a dizer, você finge não escutar.
Parei pra te ouvir, você parou de falar.
Tento te encontrar, você prefere me evitar
E eu nem sei o que te fiz...
Você me diz "Já chega", quando eu mal cheguei
E desvia o olhar como quem não quer ficar,
Mas não tem coragem de ir embora.
E eu nem sei o que me faltou fazer por ti
Você decide não decidir
E me deixa sem saber o que fazer do coração
E me faz de passarela,
Desfilando entre o "claro que sim" e o "óbvio que não".
Feliz foi o dia em que eu te encontrei,
Eu sei que sua vida, não modifiquei
Ao menos é isso que você deixa transparecer
Eu sei que você sabe, que eu já não sei
Você até saberia, mas preferiu fingir não saber
E eu nem sei o que me faltou fazer por ti.
Falso Soneto
Yo vivo diciendo, tú finges no escuchar.
Paré para escucharte, tú dejaste de hablar.
Intento encontrarte, tú prefieres evitarme
Y ni siquiera sé qué te hice...
Tú me dices 'Ya es suficiente', cuando apenas llegué
Y apartas la mirada como si no quisieras quedarte,
Pero no tienes el coraje de irte.
Y ni siquiera sé qué más debo hacer por ti.
Tú decides no decidir
Y me dejas sin saber qué hacer con el corazón
Y me conviertes en pasarela,
Desfilando entre el 'claro que sí' y el 'obvio que no'.
Feliz fue el día en que te encontré,
Sé que tu vida no cambié
Al menos eso es lo que dejas ver.
Sé que tú sabes que yo ya no sé
Incluso lo sabrías, pero preferiste fingir no saber
Y ni siquiera sé qué más debo hacer por ti.
Escrita por: JOÃO HENRIQUE