395px

La Inflación y el Salario

Dino Franco e Mouraí

A Inflação e o Salário

A inflação e o salário se encontraram de repente
O salário cabisbaixo, a inflação toda imponente
Criticando a humildade foi dizendo malcriada
Seu baixinho inconformado você não está com nada
O salário envergonhado foi dizendo bem cortes
Afinal quem é a senhora, pra que tanta estupidez
A inflação muito arrogante respondeu toda orgulhosa
Sou a força poderosa que arrasa com vocês

Eu sou filha do dinheiro ganho desonestamente
Sou neta do juro alto, do agiota sou parente
Eu sou prima do desfalque, do luxo desnecessário
Ajudar ao semelhante pra mim é cosa de otário
Dificulto a prestação que aumenta sem piedade
Eu acelero a ganância e outras barbaridades
Quem esbanja do meu lado sempre tem aceitação
Sou a famosa inflação afligindo a sociedade

O salário respondeu você é cheia de trama
Estou muito revoltado com a sua grande fama
A senhora é responsável por um sucesso aparente
E também por sua culpa veio miséria pra gente
Eu sou o pobre salário irmão da renda precária
O meu pai é o suor da nobre classe operária
Minha mãe é a lavoura de milho, arroz e feijão
Ouça bem dona inflação e senhora é mercenária

Vê se você vai andando sua bruxa descarada
Vive ainda nesta terra gente bem intencionada
Deixe de rondar meu povo que trabalha honestamente
Saiba que sua presença esta sendo inconveniente
Não existe neste mundo o que Deus do céu não veja
O Sol nasce, aquece a Terra, venta, chove relampeja
Eu sou o salário humilde da cidade e do sertão
E abraça neste chão toda a gente sertaneja

A inflação foi respondendo no meio de uma risada
Sua ficha, seu salário não me assusta em quase nada
Agora me dá licença eu preciso ir adiante
Vou indo com meu cortejo pra negociata importante
O salário disse a ela todo cheio de razão
Eu nasci pra ser humilde e não mudo de opinião
Nunca fui inconformado como a senhora falou
Saiba você que eu sou o equilíbrio da nação

La Inflación y el Salario

La inflación y el salario se encontraron de repente
El salario cabizbajo, la inflación toda imponente
Criticando la humildad fue diciendo malcriada
Tu bajito inconforme, no vales nada
El salario avergonzado fue diciendo muy cortés
Al final, quién es usted, ¿para tanta estupidez?
La inflación muy arrogante respondió toda orgullosa
Soy la fuerza poderosa que arrasa con ustedes

Soy hija del dinero ganado deshonestamente
Soy nieta del alto interés, del prestamista soy pariente
Soy prima del desfalco, del lujo innecesario
Ayudar al prójimo para mí es de tontos
Dificulto el pago que aumenta sin piedad
Acelero la avaricia y otras barbaridades
Quien derrocha a mi lado siempre tiene aceptación
Soy la famosa inflación afligiendo a la sociedad

El salario respondió, estás llena de artimañas
Estoy muy molesto con tu gran fama
Eres responsable de un éxito aparente
Y también por tu culpa vino miseria para la gente
Soy el pobre salario, hermano de la renta precaria
Mi padre es el sudor de la noble clase obrera
Mi madre es el cultivo de maíz, arroz y frijoles
Escucha bien doña inflación, señora mercenaria

Ve si te vas de aquí, bruja descarada
Aún vive en esta tierra gente de buena fe
Deja de rondar a mi gente que trabaja honestamente
Sepa que tu presencia es inoportuna
No hay en este mundo lo que Dios del cielo no ve
El sol sale, calienta la tierra, sopla, llueve, relampaguea
Soy el salario humilde de la ciudad y del campo
Y abrazo en esta tierra a toda la gente sertaneja

La inflación respondió entre risas
Tu ficha, tu salario, no me asustan en casi nada
Ahora, con permiso, debo seguir adelante
Me voy con mi cortejo a una negociación importante
El salario le dijo con toda la razón
Nací para ser humilde y no cambio de opinión
Nunca fui inconforme como usted dijo
Sepa que soy el equilibrio de la nación

Escrita por: Crysostomo / Dino Franco