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Historia Extraña

Dino Franco e Mouraí

Estória Esquisita

Eu vou contar uma estória esquisita
Que não é nada bonita, é até feia de contar
É uma estória que alguém pode achar graça
Mas que foi uma desgraça que eu nem gosto de lembrar

Um certo dia terminada a colheita
Bem vestido, barba feita, fui passear lá na cidade
Ir pra São Paulo capital do meu estado
Foi meu sonho encantado, sempre eu tive esta vontade

Eu em São Paulo ia andando entusiasmado
A olhar pra todo lado vendo coisas pra comprar
Quando uma loira de voz rouca e tão bonita
Uma tal Maria Rita me chamou pra conversar

Ela me disse com voz rouca em meu ouvido
Vem, atenda meu pedido, com você quero morar!
Eu retruquei sou um caboclo religioso
Só se eu for o seu esposo, só se a gente se casar

Ela então disse que um segredo possuía
E por isso não podia se casar, como eu pensei
Mesmo sabendo que não é coisa bonita
Eu peguei Maria Rita e pro sítio então levei

Em minha casa, mal a Rita foi entrando
Toda a roupa foi tirando e o que eu vi que mal me fez
Levei um susto quando eu vi o seu segredo
Que eu até corri de medo, só voltei depois de um mês

Hoje escutando no meu rádio, o jornal
Um repórter policial explicou, eu entendi
Aquela loira de voz rouca e tão bonita
Nunca foi Maria Rita, era um tal de travesti!

Historia Extraña

Voy a contar una historia extraña
Que no es nada bonita, es hasta fea de contar
Es una historia que alguien puede encontrar graciosa
Pero que fue una desgracia que ni siquiera me gusta recordar

Un cierto día, terminada la cosecha
Bien vestido, barba arreglada, fui a pasear a la ciudad
Ir a São Paulo, capital de mi estado
Fue mi sueño encantado, siempre tuve esa voluntad

Yo en São Paulo iba caminando entusiasmado
Mirando para todos lados viendo cosas para comprar
Cuando una rubia de voz ronca y tan bonita
Una tal María Rita me llamó para conversar

Ella me dijo con voz ronca en mi oído
Ven, atiende mi pedido, ¡contigo quiero vivir!
Yo respondí soy un campesino religioso
Solo si soy tu esposo, solo si nos casamos

Ella entonces dijo que un secreto poseía
Y por eso no podía casarse, como pensé
Aunque sabiendo que no es algo bonito
Tomé a María Rita y al rancho la llevé

En mi casa, apenas Rita entró
Se quitó toda la ropa y lo que vi me hizo mal
Me asusté cuando vi su secreto
Que hasta corrí de miedo, solo volví después de un mes

Hoy escuchando en mi radio, el periódico
Un reportero policial explicó, entendí
Esa rubia de voz ronca y tan bonita
Nunca fue María Rita, ¡era un tal travesti!

Escrita por: Agildo C. Mielli / Dino Franco