395px

Flor de Barro (part. Pedro Bento y Zé da Estrada)

Dino Franco e Mouraí

Flor da Lama (part. Pedro Bento e Zé da Estrada)

Venho agora dizer adeus aos meus amigos
Eu já não posso mais viver neste lugar
Pois a mulher que viveu sempre comigo
Manchou meu nome e na lama foi morar
O nosso lar que era um ninho de amor
Hoje é um recanto que só existe a solidão
E na lama nasceu uma nova flor
Para enfrentar aquele ambiente da perdição

E sozinho no silêncio do meu quarto
Quantas vezes amanheço acordado
Sempre olhando na parede o seu retrato
Relembrando quando estavas ao meu lado
Sinto a mágoa destruir minha existência
Tenho vergonha de saber aonde ela mora
Não podendo suportar a sua ausência
Soluçando de saudade eu vou embora

Tarde da noite quando se apaga a luz da rua
Vem os boêmios, passam em frente a minha janela
Sobre meu leito sozinho escuto uma voz na rua
Que vem passando que vem falando o nome dela

Flor de Barro (part. Pedro Bento y Zé da Estrada)

Ahora vengo a despedirme de mis amigos
Ya no puedo vivir más en este lugar
Porque la mujer que siempre estuvo conmigo
Manchó mi nombre y se fue a vivir en el barro
Nuestro hogar que era un nido de amor
Hoy es un rincón donde solo existe la soledad
Y en el barro nació una nueva flor
Para enfrentar ese ambiente de perdición

Y solo en el silencio de mi habitación
Cuántas veces amanezco despierto
Siempre mirando tu retrato en la pared
Recordando cuando estabas a mi lado
Siento la amargura destruir mi existencia
Me avergüenza saber dónde vive ella
No puedo soportar su ausencia
Sollocando de añoranza me voy

Tarde en la noche cuando se apaga la luz de la calle
Llegan los bohemios, pasan frente a mi ventana
En mi lecho solo escucho una voz en la calle
Que va pasando, que va mencionando su nombre

Escrita por: Benedito Seviero