Balada do rei das sereias

O rei atirou
Seu anel ao mar
E disse às sereias
- Ide-o lá buscar
Que se o não trouxerdes
Virareis espuma
Das ondas do mar!

Foram as sereias
Não tardou, voltaram
Com o perdido anel
Maldito o capricho
De rei tão cruel!

O rei atirou
Grãos de arroz ao mar
E disse às sereias
- Ide-os lá buscar
Que se os não trouxerdes
Virareis espuma
Das ondas do mar!

Foram as sereias
Não tardou, voltaram
Não faltava um grão
Maldito capricho
De mau coração!

O rei atirou
Sua filha ao mar
E disse às sereias
- Ide-a lá buscar
Que se a não trouxerdes
Virareis espuma
Das ondas do mar!

Foram as sereias
Quem as viu voltar?
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar

Balada del rey de sirenas

El rey disparó
Tu anillo por la borda
Y dijo a las doncellas
Ve por él
Que si no lo traes
Te convertirás en espuma
¡De las olas del mar!

Fueron las sirenas
Pronto, regresaron
Con el anillo perdido
Maldito el capricho
¡Qué rey tan cruel!

El rey disparó
Granos de arroz de mar
Y dijo a las doncellas
Ve por ellos
Que si no los traes
Te convertirás en espuma
¡De las olas del mar!

Fueron las sirenas
Pronto, regresaron
No había escasez de grano
Maldito capricho
¡Con un corazón malo!

El rey disparó
Su hija por la borda
Y dijo a las doncellas
Ve a buscarla
Que si no la traes
Te convertirás en espuma
¡De las olas del mar!

Fueron las sirenas
¿Quién los vio volver?
¡Nunca regresaron!
Se volvieron espuma
De las olas del mar

Composição: Dorival Caymmi / Manuel Bandeira