395px

Caboclo del Sertão

Faísca, Pinga Fogo e Nhá Benta

Caboclo do Sertão

Eu andei sempre viajando
Eu conheço este sertão
A morada do caboclo
No distante riachão

Na floresta brasileira
Lá no meio do matão
Ele chora suas mágoas
Desprezando a solidão

Mesmo quando ele padece
E lhe dói no coração
Sai no terreiro do rancho
Fazendo a sua oração

Lá no alto Deus escuta
E tem dele compaixão
E já livra do perigo
Com a sua proteção

Quando o dia vem rompendo
No nascente faz clarão
O caboclo está molhado
Cumprindo com a obrigação

Tira o leite da malhada
Trata bem do alazão
Não despreza os carneirinhos
Tem amor na criação

Pra entrar no Mato Grosso
Faz primeiro a devoção
Puxa lá do estaleiro
O seu velho carretão

Vai serrando vagaroso
Deixando tudo em pranchão
Vai serrando e vai cantando
A Saudade de Matão

Neste mundo eu choro a dor
Por uma paixão sem fim

Caboclo del Sertão

Siempre he estado viajando
Conozco este sertón
El hogar del caboclo
En el lejano riachón

En el bosque brasileño
En medio del monte
Llora sus penas
Despreciando la soledad

Aunque sufra
Y le duela en el corazón
Sale al patio del rancho
Haciendo su oración

Allá arriba Dios escucha
Y tiene compasión de él
Y lo libra del peligro
Con su protección

Cuando el día amanece
En el naciente brilla
El caboclo está mojado
Cumpliendo con su deber

Ordeña la vaca
Cuida bien al alazán
No desprecia a los corderitos
Tiene amor por la creación

Para entrar en el Mato Grosso
Primero hace su devoción
Tira desde el establo
Su viejo carretón

Va serrando lentamente
Dejando todo en tablas
Va serrando y cantando
La nostalgia de Matón

En este mundo lloro el dolor
Por un amor sin fin

Escrita por: Athos Campos / Faísca / Raul Torres