395px

Africanizar [Prólogo]

Filipe Lorenzo

Africanizar [Prólogo]

Estava aqui na Bahia iá-iá
Híbridas memórias em iorubá
Muito pra se dizer do Banto-cá
Em todas as línguas de lá

Ê, ô Nagô, Zulu, Mali e Congo
Não me canso de te ensinar
Cadê a poesia? Griô!
Mandiga era povo! Virou!
Quilombo sem espaço, ficou!

Quero o outro lado! Condado
Cor não divide o Estado!
Reafricanizar a relação
Se hoje cor é pão, por quem fui pintado?

Se hoje vou lembrar
Um dia foram apagar
Ê ô Nagô, ê Zumbi
Ê ô Nagô, ê Bonfim

Africanizar [Prólogo]

Estaba aquí en Bahía iá-iá
Memorias híbridas en yoruba
Mucho que decir del Banto-acá
En todos los idiomas de allá

¡Eh, oh Nagô, Zulú, Mali y Congo
No me canso de enseñarte
¿Dónde está la poesía? ¡Griô!
¡Mandinga era pueblo! ¡Se convirtió!
¡Quilombo sin espacio, quedó!

¡Quiero el otro lado! Condado
¡El color no divide el Estado!
Reafricanizar la relación
Si hoy el color es pan, ¿por quién fui pintado?

Si hoy voy a recordar
Un día intentaron borrar
¡Eh, oh Nagô, eh Zumbi
¡Eh, oh Nagô, eh Bonfim

Escrita por: Ian Lasserre / Thiago Lobão