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Eloá...

Franklin Mano

Eloá...

Anjos vão descendo do céu, tristes.
Batendo suas asas, a voar...
Para te buscar

Colhendo teu espírito de dentro do teu corpo
Para te plantar em outro plano

As nuvens se ajuntam em agonia
Na mais complexa dor e simetria
E não conseguem chorar
Afim de não borrar a lembrança do teu riso

Meus olhos de poeta
Meus papeis e canetas
Minhas mãos, minha fala...

Nem toda retórica e letras
Poderia explicar
O vazio que sinto no fundo de mim mesmo

Eu vago aqui dentro...

Perdido em cem horas
Como se elas antes dissessem
Que você ia nos deixar
Depois de alguns segundos

Eu muito frágil, simples humano
Em carne, osso, sangue e pêlo
Não posso rebobinar a fita do tempo
E te salvar...

E me pergunto o sentido dessa perda
Nos seus quinze anos
Na sua pele, nos seus fios de cabelo,
Nos seus olhos, na sua inocência de menina,
No teu pulso juvenil agora há não pulsar

Sua vida, seus pais, amigos...
Filhos e netos esperando por você?
Mas você não vai voltar
Para completar essas coisas que ficaram pela metade
Que não vão sem você se completar...

Eloá...
Eloá...
Eloá...

Eloá...

Angeles descienden del cielo, tristes.
Batiendo sus alas, volando...
Para buscarte

Recogiendo tu espíritu de dentro de tu cuerpo
Para plantarte en otro plano

Las nubes se juntan en agonía
En el dolor más complejo y simetría
Y no pueden llorar
Para no difuminar el recuerdo de tu risa

Mis ojos de poeta
Mis papeles y plumas
Mis manos, mi voz...

Ni toda la retórica y letras
Podrían explicar
El vacío que siento en lo más profundo de mí mismo

Vago aquí adentro...

Perdido en cien horas
Como si antes dijeran
Que te ibas a ir
Después de unos segundos

Yo muy frágil, simple humano
En carne, hueso, sangre y pelo
No puedo rebobinar la cinta del tiempo
Y salvarte...

Y me pregunto el sentido de esta pérdida
En tus quince años
En tu piel, en tus hebras de cabello,
En tus ojos, en tu inocencia de niña,
En tu pulso juvenil que ya no late

Tu vida, tus padres, amigos...
¿Hijos y nietos esperando por ti?
Pero no vas a regresar
Para completar esas cosas que quedaron a medias
Que no pueden completarse sin ti...

Eloá...
Eloá...
Eloá...

Escrita por: Franklin Emmanuel Da Silva Mano