Quem Não Pode Com Mandinga Não Carrega Patuá
O meu orgulho é ver o povo te aplaudir
A Mocidade vai cantar pro mundo ouvir
Já me benzi pro mau olhado afastar
Quem não pode com a morada não carrega patuá
Feitiço, a guia, o axé
De Mali, Daomé
Carrego comigo a mandinga
Em minhas mãos, eu levo o terço
No pescoço, o amuleto
Sou eu, da pele retinta
Tenho fé... E fé não falta ao meu povo
Que vence a maré
Meu sangue é a coragem que veio de lá
Nós somos iguais
Sou a cruz e o laguidibá
Ôôô... Eu sou faísca de fé que acende a chama
A esperança do povo jamais queimou
Ao me condenar, tentar converter
Meu modo de crer se espalhou
Em meio as ruas da Bahia
Capoeira e magia no mercado, matriz
Segredo, raiz... Herança fincada nesse chão
E ao som dos barangandãs
Pronto pra fazer revolução
Nos fundos de quintais, quilombos, rituais
A força pra saudar os ancestrais
Na cruz que abençoa meus terços e guias
Vou me emocionar ao pisar na avenida
Fiz da fé, minha morada... E da morada, a minha vida
Baiana não teme demanda, baiana é mirongueira
Trabalha com o pó de pemba toda terça-feira
Quien No Puede Con Mandinga No Carga Patuá
Mi orgullo es ver al pueblo aplaudir
La Mocidade va a cantar para que el mundo escuche
Ya me bendije para alejar el mal de ojo
Quien no puede con la morada no carga patuá
Hechizo, la guía, el axé
De Mali, Daomé
Llevo conmigo la mandinga
En mis manos, llevo el rosario
En el cuello, el amuleto
Soy yo, de piel oscura
Tengo fe... Y fe no le falta a mi pueblo
Que vence la marea
Mi sangre es el valor que vino de allá
Somos iguales
Soy la cruz y el laguidibá
Ôôô... Soy chispa de fe que enciende la llama
La esperanza del pueblo jamás se apagó
Al condenarme, intentar convertir
Mi forma de creer se ha esparcido
En medio de las calles de Bahía
Capoeira y magia en el mercado, matriz
Secreto, raíz... Herencia arraigada en este suelo
Y al son de los barangandãs
Listo para hacer revolución
En los fondos de los patios, quilombos, rituales
La fuerza para saludar a los ancestros
En la cruz que bendice mis rosarios y guías
Me emocionaré al pisar la avenida
Hice de la fe, mi morada... Y de la morada, mi vida
La baiana no teme demandas, la baiana es mironguera
Trabaja con el polvo de pemba todos los martes
Escrita por: Lucas Donato / Nikimba / Mestre Lolo / Jairo Roizen / Thiago Meiners / Sukata / Claudio Mattos / Thiago Piccirilo / Valencio Mestiço / Valentin PZ / Clairton Fonseca / Bruno Jaú / Tubino / Xandinho Nocera