395px

Walker Cangaceiro (parte João Bazilio e Philipo Hebrom)

Gigante No Mic

Andarilho Cangaceiro (part. João Bazilio e Philipo Hebrom)

A mata é a nossa casa
No meio dos cangaço nóis é rei, sem lei
E não é absurdo não, a sociedade é conduzida
Por quem nos rouba e nos chama de ladrão
Revolta Cangaceira, salve aos ancestrais
A cortesia jamais será dada às suas fardas imorais
O nordeste sempre ressurgirá em cada nordestino
Em todo esse Brasil, que como brasão se fundiu
Salve a vocês, guerreiros
Construtores dessa São Paulo arquitetada para herdeiros

Incorporo Virgulino Lampião nessa letra
Minha rima é o facão, a caneta, a baioneta
Tiro de escopeta não me atinge
Adversidades não me aflige, tão pouco me restringe
Sertanejo nato, condenado a andar no mato
Finjo que tô morto, mas se vacilar, te mato
Aqui é sem massagem, tá ligado, é pau no gato
Comendo pelas beiradas, tô tipo cachorro magro
Bebo água de poço, cachaça de alambique
Pelo velho Chico de Ibotirama xique-xique
Da terra de cactos com a saudade no peito
Na selva de concreto conquistando o meu respeito
Riscando da lista quem quiser me atravessar
Tem que ser cangaceiro pra poder me acompanhar
As cantigas da caatinga é o tema nessa dança
Minha Maria Bonita me segue nessas andanças

O andarilho cangaceiro pelo sertão
Na frente seu padroeiro, na bainha o facão
Homem da cidade grande, instinto de Lampião
Peregrino nordestino

O andarilho cangaceiro pelo sertão
Na frente seu padroeiro, na bainha o facão
Homem da cidade grande, instinto de Lampião
Peregrino nordestino

Não conta com a sorte
Não conta com a sorte
Não conta com a sorte
Mas conta com a fé

Lampião leu Napoleão e Chinaski leu Lampião
Eu li Chinaski em Bukowski e ouvi Diomedes num som
Quem é campeão na poli é são
Nóis em primeiro, bem locão
De Champignon até Chorão, até na morte bem vivão

Cortem nossas cabeças, mas não nossa memória
A morte é pra todos, mas são poucos que morrem e viram história
São poucos que morrem pra viver na eternidade
Matam Lampiões, mas não a luminosidade

Somos remanescentes de uma chama incandescente
Em tempos tão sombrios com uma luz resplandecente
Foco permanente, pra manter a fé na mente
Em momentos tão vazios, eu me conduzo eternamente

Mantenho a delinquência, falo com eloquência
Filho de uma nordestina, eu não perdi a minha essência
Não é papo, é vivência, eu não bato continência
Pra nenhum dos coronéis que são fiéis à presidência

Me falem o nome do coxa
Que matou Maria Bonita
Ninguém se lembra, poxa
Sua lembrança nóis vomita
Me falem o nome do coxa
Que matou o Frei Caneca
Ninguém se lembra, poxa
Sua lembrança nóis defeca

Ninguém se lembra mais
Dos juízes pelo tempo
Condenaram Conselheiro
E o Beato Zé Lourenço
Mas o povo pobre vive
E assim vamos vivendo
Pau no cu dos seus juízes
E seus falsos julgamentos

Quem condenou José Lourenço?
Quem condenou Maria Bonita?
Quem condenou Lampião?
Quem condenou Conselheiro? Frei Caneca?
Quem condenou?
Quem são os juízes comparados aos rebeldes que fazem a história?
Quem será Sérgio Moro daqui a cem anos comparado a Luis Inácio Lula da Silva?
Nordeste vive

Walker Cangaceiro (parte João Bazilio e Philipo Hebrom)

El bosque es nuestro hogar
En medio del cangaço somos rey sin ley
Y no es absurdo no, la sociedad se lleva a cabo
Para aquellos que nos roban y nos llaman ladrón
Cangaceira Revuelta, salva a los antepasados
Nunca se dará cortesía a sus uniformes inmorales
El noreste siempre se elevará en todos los países del noreste
En todo este Brasil, que como escudo de armas se fusionó
Salvaros, guerreros
Constructores de este São Paulo diseñado para herederos

Incorporo a Virgulino Lampião en esta carta
Mi rima es el machete, la pluma, la bayoneta
Un disparo de escopeta no me golpea
La adversidad no me aflige, ni me retiene
Nacido en el país, condenado a caminar en el monte
Finjo que estoy muerto, pero si flaqueas, te mataré
Esto no es un masaje, ya sabes, es un palo en el gato
Comiendo por los bordes, soy como un perro flaco
Bebo agua de pozo, todavía cachaça
Por el viejo Chico de Ibotirama xique-xique
De la tierra de los cactus con el anhelo en el pecho
En la jungla de hormigón ganándome mi respeto
Cruzando la lista a cualquiera que quiera traicionarme
Tienes que ser un cangaceiro para seguirme el ritmo
Las canciones de caatinga son el tema en este baile
Mi Maria Bonita me sigue en estos vagabundos

El vagabundo cangaceiro a través de los bosques
Delante de su patrón, en la vaina el machete
Gran hombre de ciudad, el instinto de Lampião
Peregrino del noreste

El vagabundo cangaceiro a través de los bosques
Delante de su patrón, en la vaina el machete
Gran hombre de ciudad, el instinto de Lampião
Peregrino del noreste

No cuentes con suerte
No cuentes con suerte
No cuentes con suerte
Pero cuenta con la fe

Lampião leu Napoleón y Chinaski leu Lampião
Leí Chinaski en Bukowski y oí a Diomedes en un sonido
¿Quién es campeón en el poli es son
Estamos en primer lugar, muy local
De Champignon a Crying Man, incluso en la muerte viva

Córtennos la cabeza, pero no la memoria
La muerte es para todos, pero hay pocos que mueren y se convierten en historia
Hay pocos que mueren para vivir en la eternidad
Matan a Lamps, pero no a la luminosidad

Somos restos de una llama incandescente
En tiempos tan oscuros con una luz brillante
Enfoque permanente, para mantener la fe en la mente
En esos momentos vacíos, me conduzco eternamente

Mantengo la delincuencia, hablo elocuentemente
Hijo de un noreste, no he perdido mi esencia
No es hablar, es experiencia, no saludo
A ninguno de los coroneles que son leales a la presidencia

Dime el nombre del muslo
¿Quién mató a Maria Bonita?
Nadie se acuerda, vamos
Tu memoria nos vomita
Dime el nombre del muslo
Quién mató a Fray Mug
Nadie se acuerda, vamos
Tu memoria de nosotros defeca

Ya nadie se acuerda
De los jueces por el tiempo
Consejero Condenado
Y el beato Zé Lorenzo
Pero la gente pobre vive
Así que vamos a vivir
Méte en el culo de tus jueces
Y sus juicios falsos

¿Quién condenó a José Lourenço?
¿Quién condenó a María Bonita?
¿Quién condenó a Lampião?
¿Quién condenó al abogado? ¿Fray Mug?
¿Quién condenado?
¿Quiénes son los jueces comparados con los rebeldes que hacen historia?
¿Quién será Sérgio Moro en cien años comparado con Luis Inácio Lula da Silva?
Vidas del noreste

Escrita por: João Basilio / Philipo Hebrom