Andarilho Cangaceiro (part. João Bazilio e Philipo Hebrom)

Walker Cangaceiro (parte João Bazilio e Philipo Hebrom)

Andarilho Cangaceiro (part. João Bazilio e Philipo Hebrom)

El bosque es nuestro hogarA mata é a nossa casa
En medio del cangaço somos rey sin leyNo meio dos cangaço nóis é rei, sem lei
Y no es absurdo no, la sociedad se lleva a caboE não é absurdo não, a sociedade é conduzida
Para aquellos que nos roban y nos llaman ladrónPor quem nos rouba e nos chama de ladrão
Cangaceira Revuelta, salva a los antepasadosRevolta Cangaceira, salve aos ancestrais
Nunca se dará cortesía a sus uniformes inmoralesA cortesia jamais será dada às suas fardas imorais
El noreste siempre se elevará en todos los países del noresteO nordeste sempre ressurgirá em cada nordestino
En todo este Brasil, que como escudo de armas se fusionóEm todo esse Brasil, que como brasão se fundiu
Salvaros, guerrerosSalve a vocês, guerreiros
Constructores de este São Paulo diseñado para herederosConstrutores dessa São Paulo arquitetada para herdeiros

Incorporo a Virgulino Lampião en esta cartaIncorporo Virgulino Lampião nessa letra
Mi rima es el machete, la pluma, la bayonetaMinha rima é o facão, a caneta, a baioneta
Un disparo de escopeta no me golpeaTiro de escopeta não me atinge
La adversidad no me aflige, ni me retieneAdversidades não me aflige, tão pouco me restringe
Nacido en el país, condenado a caminar en el monteSertanejo nato, condenado a andar no mato
Finjo que estoy muerto, pero si flaqueas, te mataréFinjo que tô morto, mas se vacilar, te mato
Esto no es un masaje, ya sabes, es un palo en el gatoAqui é sem massagem, tá ligado, é pau no gato
Comiendo por los bordes, soy como un perro flacoComendo pelas beiradas, tô tipo cachorro magro
Bebo agua de pozo, todavía cachaçaBebo água de poço, cachaça de alambique
Por el viejo Chico de Ibotirama xique-xiquePelo velho Chico de Ibotirama xique-xique
De la tierra de los cactus con el anhelo en el pechoDa terra de cactos com a saudade no peito
En la jungla de hormigón ganándome mi respetoNa selva de concreto conquistando o meu respeito
Cruzando la lista a cualquiera que quiera traicionarmeRiscando da lista quem quiser me atravessar
Tienes que ser un cangaceiro para seguirme el ritmoTem que ser cangaceiro pra poder me acompanhar
Las canciones de caatinga son el tema en este baileAs cantigas da caatinga é o tema nessa dança
Mi Maria Bonita me sigue en estos vagabundosMinha Maria Bonita me segue nessas andanças

El vagabundo cangaceiro a través de los bosquesO andarilho cangaceiro pelo sertão
Delante de su patrón, en la vaina el macheteNa frente seu padroeiro, na bainha o facão
Gran hombre de ciudad, el instinto de LampiãoHomem da cidade grande, instinto de Lampião
Peregrino del norestePeregrino nordestino

El vagabundo cangaceiro a través de los bosquesO andarilho cangaceiro pelo sertão
Delante de su patrón, en la vaina el macheteNa frente seu padroeiro, na bainha o facão
Gran hombre de ciudad, el instinto de LampiãoHomem da cidade grande, instinto de Lampião
Peregrino del norestePeregrino nordestino

No cuentes con suerteNão conta com a sorte
No cuentes con suerteNão conta com a sorte
No cuentes con suerteNão conta com a sorte
Pero cuenta con la feMas conta com a fé

Lampião leu Napoleón y Chinaski leu LampiãoLampião leu Napoleão e Chinaski leu Lampião
Leí Chinaski en Bukowski y oí a Diomedes en un sonidoEu li Chinaski em Bukowski e ouvi Diomedes num som
¿Quién es campeón en el poli es sonQuem é campeão na poli é são
Estamos en primer lugar, muy localNóis em primeiro, bem locão
De Champignon a Crying Man, incluso en la muerte vivaDe Champignon até Chorão, até na morte bem vivão

Córtennos la cabeza, pero no la memoriaCortem nossas cabeças, mas não nossa memória
La muerte es para todos, pero hay pocos que mueren y se convierten en historiaA morte é pra todos, mas são poucos que morrem e viram história
Hay pocos que mueren para vivir en la eternidadSão poucos que morrem pra viver na eternidade
Matan a Lamps, pero no a la luminosidadMatam Lampiões, mas não a luminosidade

Somos restos de una llama incandescenteSomos remanescentes de uma chama incandescente
En tiempos tan oscuros con una luz brillanteEm tempos tão sombrios com uma luz resplandecente
Enfoque permanente, para mantener la fe en la menteFoco permanente, pra manter a fé na mente
En esos momentos vacíos, me conduzco eternamenteEm momentos tão vazios, eu me conduzo eternamente

Mantengo la delincuencia, hablo elocuentementeMantenho a delinquência, falo com eloquência
Hijo de un noreste, no he perdido mi esenciaFilho de uma nordestina, eu não perdi a minha essência
No es hablar, es experiencia, no saludoNão é papo, é vivência, eu não bato continência
A ninguno de los coroneles que son leales a la presidenciaPra nenhum dos coronéis que são fiéis à presidência

Dime el nombre del musloMe falem o nome do coxa
¿Quién mató a Maria Bonita?Que matou Maria Bonita
Nadie se acuerda, vamosNinguém se lembra, poxa
Tu memoria nos vomitaSua lembrança nóis vomita
Dime el nombre del musloMe falem o nome do coxa
Quién mató a Fray MugQue matou o Frei Caneca
Nadie se acuerda, vamosNinguém se lembra, poxa
Tu memoria de nosotros defecaSua lembrança nóis defeca

Ya nadie se acuerdaNinguém se lembra mais
De los jueces por el tiempoDos juízes pelo tempo
Consejero CondenadoCondenaram Conselheiro
Y el beato Zé LorenzoE o Beato Zé Lourenço
Pero la gente pobre viveMas o povo pobre vive
Así que vamos a vivirE assim vamos vivendo
Méte en el culo de tus juecesPau no cu dos seus juízes
Y sus juicios falsosE seus falsos julgamentos

¿Quién condenó a José Lourenço?Quem condenou José Lourenço?
¿Quién condenó a María Bonita?Quem condenou Maria Bonita?
¿Quién condenó a Lampião?Quem condenou Lampião?
¿Quién condenó al abogado? ¿Fray Mug?Quem condenou Conselheiro? Frei Caneca?
¿Quién condenado?Quem condenou?
¿Quiénes son los jueces comparados con los rebeldes que hacen historia?Quem são os juízes comparados aos rebeldes que fazem a história?
¿Quién será Sérgio Moro en cien años comparado con Luis Inácio Lula da Silva?Quem será Sérgio Moro daqui a cem anos comparado a Luis Inácio Lula da Silva?
Vidas del noresteNordeste vive