395px

El Enfado del Hombre al que el Excomulgado Trató con Malquerencia y el Santísimo no le Dio Refugio

Gonzaguinha

O Aperreio do Cabra que o Excomungado Tratou com Má-querença e o Santíssimo não deu Guarida

Viola de repente, poesia de cordel
Galope de corcel
Zunir de bala é canção
Rasta pé nesse xaxado
Em meus versos eu te falo desse tal de lampião
Nunca se viu cabra tão valente
Só a Deus era temente
Chapéu de couro enfeitado, parabelo e facão
Histórias que escola não ensina
Uma saga nordestina, sina de herói e vilão
No cangaço seu reinado
Emboscado, certo dia tombou
Foi direto para o inferno e o cão danado
Virgulino afrontou

Vai t'imbora! Disse o irado excomungado
Com o oitão e uma caveira de boi
O capitão matou mais de cem diabos
Tacou fogo no mercado, rejeitado ele se foi

O cangaceiro no céu, que ousadia!
Em alvoroço veio toda santaria
Injuriado são Pedro lhe judiou
No seu apelo padim ciço advogou

Eu vi Maria bonita
Por em seus olhos um brilho de amor
Mais doce seria a vida
Sem injustiça que causa dor

Sem guarida nem perdão
Sua alma assim ao léu vagou feito assombração
Vagueia com as carrancas do velho chico
Na arte de Vitalino
Em versos de um poeta do sertão
Na voz do rei do baião

Oh rendeira, oh rendá
Vem para o meu samba xaxando e diz
Amor retado feito sol ardente
No peito da gente é Imperatriz

El Enfado del Hombre al que el Excomulgado Trató con Malquerencia y el Santísimo no le Dio Refugio

Viola de repente, poesía de cordel
Galope de corcel
Zumbido de bala es canción
Raspa pie en este xaxado
En mis versos te hablo de este tal lampião
Nunca se vio hombre tan valiente
Solo a Dios temía
Sombrero de cuero adornado, parabelo y facón
Historias que la escuela no enseña
Una saga nordestina, destino de héroe y villano
En el cangaço su reinado
Emboscado, un día cayó
Fue directo al infierno y el maldito perro
Virgulino desafió

¡Vete! Dijo el iracundo excomulgado
Con el revólver y una calavera de buey
El capitán mató a más de cien diablos
Prendió fuego al mercado, rechazado se fue

El cangaceiro en el cielo, ¡qué osadía!
En alboroto vino toda la santurria
Indignado San Pedro le castigó
En su súplica Padim Ciço abogó

Vi a María bonita
Poner en sus ojos un brillo de amor
Más dulce sería la vida
Sin injusticia que causa dolor

Sin refugio ni perdón
Su alma así al limbo vagó como un espectro
Vaga con las caras del viejo Chico
En el arte de Vitalino
En versos de un poeta del sertón
En la voz del rey del baião

Oh encajera, oh encaje
Ven a mi samba xaxando y di
Amor desafiante como sol ardiente
En el pecho de la gente es Imperatriz

Escrita por: Almeida Sambista / Bareta / Brandão Filho / Carvalho / Fagundinho / Nazah / Rogério Máximo / Wagner Zanco