395px

Cabotino Coco

Guidi Vieira

Cabotino Coco

Não há cupim, nem erosão ou esmeril capaz
De carcomer o que compus com tanta inspiração
Se eu não errei a mão
Tudo perdurará
De geração em geração até galgar a glória!

Abalará a fundação e deixará pra trás
Meus desiguais, nunca jamais me compreenderão
Se eu não errei no tom
Tudo prosseguirá
E meu refrão ecoará no fundo da memória!

Ninguém decapitará
O que compus opus dei
Copa de jequitibá sombreia
A obra capitular
Que ao futuro ofertei
Já foi pegando uma dianteira

Arrastará a multidão e ficará no ar nessa estação
Por um milhão de anos-luz ou mais
Se eu não surtei de vez
Ela resistirá
À roda que tritura a moda à cada nova história

Então depois ao que compus com o coração na mão
Não caberá definição nem rótulos banais
Se eu não menti demais
Hão de me dar razão
Na hora “h” estenderão a mão a palmatória

Ninguém decapitará
O que compus opus dei
Copa de jequitibá sombreia
A obra capitular
Que ao futuro ofertei
Já foi pegando uma dianteira

Olha que eu não sou cabotino
É que eu só sei fazer o fino
Faço assim desde menino
E até meu coco bater pino
Eu vou continuar
Só no manjar

Cabotino Coco

No hay termitas, ni erosión o esmeril capaz
De carcomer lo que compuse con tanta inspiración
Si no me equivoqué
Todo perdurará
De generación en generación hasta alcanzar la gloria!

Sacudirá los cimientos y dejará atrás
Mis desiguales, nunca jamás me comprenderán
Si no me equivoqué en el tono
Todo continuará
Y mi estribillo resonará en lo más profundo de la memoria!

Nadie decapitará
Lo que compuse opus dei
La copa de jequitibá sombrea
La obra capitular
Que al futuro ofrecí
Ya tomó la delantera

Arrastrará a la multitud y se quedará en el aire en esta estación
Por un millón de años luz o más
Si no enloquecí por completo
Ella resistirá
Al ciclo que tritura la moda en cada nueva historia

Entonces después de lo que compuse con el corazón en la mano
No cabrá definición ni etiquetas banales
Si no mentí demasiado
Tendrán que darme la razón
En el momento justo admitirán su error

Nadie decapitará
Lo que compuse opus dei
La copa de jequitibá sombrea
La obra capitular
Que al futuro ofrecí
Ya tomó la delantera

Mira que no soy un cabotino
Es que solo sé hacerlo fino
Lo hago así desde niño
Y hasta que mi coco deje de funcionar
Seguiré adelante
Solo en el manjar

Escrita por: Chico Saraiva / Mauro Aguiar