Tareco e Mariola / A Vida do Viajante (part. João Gomes)
Eu não preciso de você
O mundo é grande e o destino me espera
Não é você que vai me dar na primavera
As flores lindas que eu sonhei no meu verão
Eu não preciso de você
Já fiz de tudo pra mudar meu endereço
Já revirei a minha vida pelo avesso
Juro por Deus, não encontrei você mais, não
Cartas na mesa
O jogador conhece o jogo pela regra
Não sabe tu que eu já tirei leite de pedra
Só pra te ver sorrir pra mim não chorar?
Você foi longe
Me machucando, provocou a minha ira
Só que eu nasci entre o velame e a macambira
Quem é você pra derramar meu mungunzá?
Eu me criei
Ouvindo o toque do martelo na poeira
Ninguém melhor que Mestre Osvaldo na madeira
Com sua arte criou muito mais de dez
Eu me criei
Matando a fome com tareco e mariola
Fazendo versos dedilhados na viola
Por entre os becos do meu velho Vassoural
Minha vida é andar por este país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando a recordação
Das terras onde passei
Andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei
Chuva e Sol, poeira e carvão
Longe de casa sigo o roteiro
Mais uma estação
E alegria no coração!
Minha vida é andar por este país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei
Mar e terra, inverno e verão
Mostro o sorriso, mostro alegria, mas eu mesmo não
E a saudade no coração
Tareco y Mariola / La Vida del Viajante (parte João Gomes)
No te necesito
El mundo es grande y el destino me espera
No serás tú quien me dé en primavera
Las hermosas flores que soñé en mi verano
No te necesito
He hecho de todo para cambiar mi dirección
He revuelto mi vida de arriba abajo
Juro por Dios, no te he vuelto a encontrar
Cartas sobre la mesa
El jugador conoce el juego por las reglas
¿No sabes que he sacado agua de las piedras
Solo para verte sonreír y no llorar?
Te fuiste lejos
Hiriéndome, provocaste mi ira
Pero nací entre el velamen y la macambira
¿Quién eres tú para derramar mi mungunzá?
Me crié
Escuchando el sonido del martillo en el polvo
Nadie mejor que el Maestro Osvaldo en la madera
Con su arte creó mucho más de diez
Me crié
Sacando el hambre con tareco y mariola
Haciendo versos rasgueados en la guitarra
Por entre los callejones de mi viejo Vassoural
Mi vida es recorrer este país
Para ver si un día descanso feliz
Guardando el recuerdo
De las tierras por las que pasé
Caminando por los sertones y los amigos que allí dejé
Lluvia y sol, polvo y carbón
Lejos de casa sigo el itinerario
Otra estación
¡Y alegría en el corazón!
Mi vida es recorrer este país
Para ver si un día descanso feliz
Guardando los recuerdos
De las tierras por las que pasé
Caminando por los sertones y los amigos que allí dejé
Mar y tierra, invierno y verano
Muestro sonrisas, muestro alegría, pero yo mismo no
Y la nostalgia en el corazón