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En Tiempo de Avance / Minero de Monte Belo / Viola de Pagode / Cada Uno con Sus Problemas / Rudo, Rústico y Sistemático (popurrí)

Jads e Jadson

Em Tempo de Avanço / Mineiro de Monte Belo / Viola Pagodeira / Cada um Com Os Seus Problemas / Bruto Rústico e Sistemático (pot-pourri)

O destino aqui me trouxe
Cantar pra vocês eu vou
Eu só trouxe coisa boa
Foi meu sertão quem mandou

A beirada do telhado é morada do cuitelo
Sanhaço tem pena verde, mora no pé de marmelo
No galho da laranjeira sabiá peito amarelo
No braço dessa viola, mineiro de Monte Belo
Quando eu entro no catira os meus pés são dois martelo

Minha viola pagodeira, minha fonte de poesia
Rainha das madrugadas em noites de cantoria
Ela sempre me acompanha, chega gemer nos meus braços
A viola que eu ponteio tem as dez cordas de aço

Minha vida é complicada
Cantar é meu compromisso
Só levanto meio dia
E ninguém tem nada com isso

Homem esperto que não trabalha
Só engana
Pra mim se chama domingo
Todo dia da semana

Enquanto o assalariado vai vivendo estressado
Eu levo a vida no esquema
A vida é mesmo assim
Cada um com seus problemas

Tem gente que não gosta da classe de violeiro
No braço desta viola defendo meus companheiros
Pra destruir nossa classe tem que me matar primeiro
Mesmo assim depois de morto ainda eu atrapalho
Morre um homem, fica a fama e minha fama dá trabalho

Aqui não
Posso até não ser simpático
Comigo não tem desculpa
Minha criação é xucra
A verdade ninguém furta
Sou bruto, rústico e sistemático

En Tiempo de Avance / Minero de Monte Belo / Viola de Pagode / Cada Uno con Sus Problemas / Rudo, Rústico y Sistemático (popurrí)

El destino me trajo hasta aquí
Cantar para ustedes voy a hacer
Solo traje cosas buenas
Fue mi sertón quien lo mandó

En el borde del tejado vive el cuitelo
El sanhaço tiene plumas verdes, vive en el árbol de marmelo
En la rama del naranjo, el sabiá pecho amarillo
En el brazo de esta viola, minero de Monte Belo
Cuando entro en el catira, mis pies son como martillos

Mi viola de pagode, mi fuente de poesía
Reina de las madrugadas en noches de cantoria
Siempre me acompaña, gime en mis brazos
La viola que punteo tiene diez cuerdas de acero

Mi vida es complicada
Cantar es mi compromiso
Solo me levanto al mediodía
Y a nadie le importa

Hombre astuto que no trabaja
Solo engaña
Para mí se llama domingo
Todos los días de la semana

Mientras el asalariado vive estresado
Yo llevo la vida con calma
Así es la vida
Cada uno con sus problemas

Hay quienes no les gusta la clase de violeiro
En el brazo de esta viola defiendo a mis compañeros
Para destruir nuestra clase tienen que matarme primero
Aun así, después de muerto, sigo molestando
Muere un hombre, queda la fama y mi fama da trabajo

Aquí no
Puedo no ser simpático
Conmigo no hay excusa
Mi crianza es tosca
La verdad nadie la roba
Soy bruto, rústico y sistemático

Escrita por: Tião Carrero / Antenor Serra / Lourival dos Santos / Ronaldo Viola / João Carvalho / Jadson / João Carreiro