Siameses

(ele)
Amiga inseparável,
rancores siameses
nos unem pelo olhar.
Infelizes pra sempre
Em comunhão de males
obrigação de amar.
E amas em mim a cruel indiferença.
Aspiro em ti a maldade e a doença.
Vives grudada em mim,
gerando a pedra
em teu ventre de ostra
e eu conservo o fulgor do nosso ódio
estreitando a velha concha...
Amiga inseparável,
tu és meu acaso
e por acaso eu sou tua sina,
somos sorte e azar,
tu és minha relíquia,
seu sou tua ruína.
(ela)
Vivo grudada em ti,
gerando a pedra
em meu ventre de ostra.
Conservas o fulgor do nosso ódio
estreitando a velha concha...
Amigo inseparável,
eu sou teu acaso
e por acaso tu és minha sina,
somos sorte e azar,
eu sou tua relíquia,
tu és minha ruína.


siamés

(él)
Amigo inseparable
Rencores siameses
unirnos por la mirada
Infeliz para siempre
En comunión de males
obligación de amar
Y amas en mí cruel indiferencia
Yo aspiro a ti el mal y la enfermedad
Vives conmigo
generar la piedra
en tu vientre de ostras
y preservo el resplandor de nuestro odio
estrechando el viejo caparazón
Amigo inseparable
Eres mi oportunidad
y resulta que soy tu pecado
somos afortunados y desafortunados
Eres mi reliquia
Yo soy tu ruina
(ella)
Yo vivo contigo
generar la piedra
en mi vientre de ostras
Mantienes el resplandor de nuestro odio
estrechando el viejo caparazón
Amigo inseparable
Soy tu oportunidad
y resulta que eres mi pecado
somos afortunados y desafortunados
Soy tu reliquia
Tú eres mi ruina

Composição: Aldir Blanc / João Bosco