Gurufim
Era um dia desmedido
Nada me cabia
Eu vagava aflito
Arrastando um cansaço siamês
Quando ouvi um vizinho reclamando
Um toque de mão
Era um jogo do vasco
Na televisão
Eu corri pra casca
Do meu pinho e vim
Entoar os versos desse gurufim
Pois é, pois é, aldir
Eu me lembro de quando eu senti
Como se o gol anulado
Por motivos que nunca entendi
Fôra enfim revalidado
E quando não deu mais pra pendurar
As faturas que só dizem não
Meu amigo novo e antigo vinha me telefonar
Entre filhos, netos, livros numa mesa de bilhar
Gurufim
Era un día desmedido
Nada me cabía
Yo vagaba afligido
Arrastrando un cansancio siamés
Cuando escuché a un vecino quejándose
Un toque de mano
Era un partido de Vasco
En la televisión
Corrí hacia la cáscara
De mi pino y vine
A entonar los versos de este gurufim
Así es, así es, Aldir
Recuerdo cuando sentí
Como si el gol anulado
Por motivos que nunca entendí
Finalmente fuese validado
Y cuando ya no pude colgar
Las facturas que solo dicen no
Mi amigo nuevo y antiguo me llamaba por teléfono
Entre hijos, nietos, libros en una mesa de billar
Escrita por: João Bosco / Francisco Bosco