Barqueiro do Jacuí (part. Elton Saldanha)
Ao apear no passo
Não achei a barca
Nem rastro, nem marca
Não ficou nem traço
Ao longe eu via
Contra o horizonte
Soberana a ponte
Que antes não havia
E o barqueiro antigo
Manso irmão das águas
Sucumbiu às mágoas
De cruel castigo
A ponte surgiu
Foi de lado a lado
Que ele desprezado
Se afastou do rio
Ao sumir daqui
Lá se foi a barca
Não ficou nem marca
Junto ao rio Jacuí
Barqueiro barqueiro barqueiro
Quem te vê, quem te viu
Morando embaixo da ponte
Que te roubou do rio
Barquero del Jacuí (parte de Elton Saldanha)
Al bajar en el paso
No encontré la barca
Ni rastro, ni marca
No quedó ni rastro
A lo lejos veía
Contra el horizonte
Soberano el puente
Que antes no existía
Y el viejo barquero
Manso hermano de las aguas
Sucumbió a las penas
De cruel castigo
El puente surgió
Fue de lado a lado
Que él despreciado
Se alejó del río
Al desaparecer de aquí
Allá se fue la barca
No quedó ni rastro
Junto al río Jacuí
Barquero barquero barquero
Quién te ve, quién te vio
Viviendo debajo del puente
Que te robó del río