Minha História

Seu moço, quer saber, eu vou cantar num baião
Minha história pra o senhor, seu moço, preste atenção

Eu vendia pirulito, arroz doce, mungunzá
Enquanto eu ia vender doce, meus colegas iam estudar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar

E quando era de noitinha, a meninada ia brincar
Vixe, como eu tinha inveja, de ver o Zezinho contar:
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar

Hoje todo são "doutô", eu continuo joão ninguém
Mas quem nasce pra pataca, nunca pode ser vintém
Ver meus amigos "doutô", basta pra me sentir bem
Ver meus amigos "doutô", basta pra me sentir bem

Mas todos eles quando ouvem, um baiãozinho que eu fiz,
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis
E dizem: - João foi meu colega, como eu me sinto feliz
E dizem: - João foi meu colega, como eu me sinto feliz

Mas o negócio não é bem eu, é Mané, Pedro e Romão,
Que também foram meus colegas , e continuam no sertão
Não puderam estudar, e nem sabem fazer baião

Mi historia

Oye, chico, ¿sabes qué? Voy a cantar en una bayão
Mi historia para ti, joven, presta atención

Vendí piruleta, pudín de arroz, mungunzá
Mientras iba a vender dulces, mis colegas iban a estudiar
Mi madre, tan pobre, no podía educarme
Mi madre, tan pobre, no podía educarme

Y cuando era de noche, la niña jugaba
Vixe, estaba celosa de ver a Dewey decirte
El profesor vino a mí porque no quería estudiar
El profesor vino a mí porque no quería estudiar

Hoy todos son «doutô», todavía John nadie
Pero ¿quién nace a la pataca, nunca puede ser vinti
Ver a mis amigos «douto», es suficiente para sentirse bien
Ver a mis amigos «douto», es suficiente para sentirse bien

Pero todos ellos cuando lo oyen, una pequeña baya
Todos están satisfechos, aplaudir y pedir «bis
Y dicen: - John era mi colega, lo feliz que estoy
Y dicen: - John era mi colega, lo feliz que estoy

Pero no soy yo, soy Mané, Pedro y Granada
Que también eran mis colegas, y todavía en el bosque
No podían estudiar, y ni siquiera saben hacer baião

Composição: João Do Vale / Raimundo Evangelista