Alcântara Divina, o Cantar de Cantarias
Tapuitapera eu vou cantar
Com a explosão da minha bateria
Viaja meu catamarã
Para Alcântara Divina, na Baia de Cumã
Divino, és reverenciado
No consagrado toque das Caxeiras
Salve a Tribuna do Império
Tão coroada em ritual
Um relicário de fé tradicional
A Turma do Quinto conta nesse carnaval
E assim, ressurge em glória
Celeiro de história, de lutas e lendas
Na miscigenação
As três raças, um só coração
Canta minha vila
É a Madre Deus em devoção
Do arraial de são Matias
Aos caminhos da Paixão
De noitinha a nossa procissão
Um sarau de cantarias
Sob a luz do candeeiro
Nas ruínas do Palácio Negro
É de manhã, meu catraeiro
No Porto do Jacaré
Crioula vem pungar no meu terreiro
Lá na Matriz, Pelourinho a lamentar
Já erga o mastro senhor ô ô!
Bandeiras vão tremular ê ah!
Pelas ruínas da Rua da Amargura
O Imperador aqui há de chegar
Alcântara Divina, el Cantar de Cantarias
Tapuitapera voy a cantar
Con la explosión de mi batería
Viaja mi catamarán
Hacia Alcântara Divina, en la Bahía de Cumã
Divino, eres reverenciado
En el consagrado ritmo de las Caxeiras
Salve la Tribuna del Imperio
Tan coronada en ritual
Un relicario de fe tradicional
La Turma do Quinto cuenta en este carnaval
Y así, resurge en gloria
Granero de historia, de luchas y leyendas
En la mezcla de razas
Las tres razas, un solo corazón
Canta mi villa
Es la Madre Dios en devoción
Desde el arraial de São Matias
Hasta los caminos de la Pasión
Por la noche nuestra procesión
Un sarao de cantarías
Bajo la luz del farol
En las ruinas del Palacio Negro
Es de mañana, mi catraeiro
En el Puerto del Jacaré
La criolla viene a cantar en mi patio
Allá en la Matriz, Pelourinho lamentando
¡Ya levanta el mástil señor ô ô!
¡Banderas van a ondear ê ah!
Por las ruinas de la Calle de la Amargura
El Emperador aquí ha de llegar
Escrita por: Camarão Mendes / Philippe Sapuca / Sílvio Rayol / Valmir Sales