Nega Africana
Lá em cima do morro, Zé
Naquele barraco tombado
Mora uma nega africana
Pela qual estou enamorado
Ela fala besteira
Joga capoeira
E não é mole não
Eu já nem sei o que faço
Pra conquistar seu amor
Vejam vocês!
Certo dia um malandro
Com ar de bom moço
Quis levá-la num papo
A nega num samba de roda
Fez o pobre malandro
Virar um farrapo
Lá em cima do morro, Zé
Naquele barraco tombado
Mora uma nega africana
Pela qual estou enamorado
Conheci essa nega
Na festa maneira
Do Juca Romão
Onde no meio da festa
Por causa da mesma
Saiu confusão
Um malandro das bocas
Sacou do trabuco
E lhe chamou atenção
A nega que é cobra criada
Deu-lhe chá de pernada
E muito bofetão
E não é mole não
Não é bafo de boca, Zé
Não é papo de aranha
Não marque com a nega africana
Senão você também apanha
Nega Africana
Allá arriba en el cerro, José
En esa choza derrumbada
Vive una negra africana
De la que estoy enamorado
Ella habla tonterías
Practica capoeira
Y no es fácil, no
Ya ni sé qué hacer
Para conquistar su amor
¡Vean ustedes!
Un día un pillo
Con apariencia de buen chico
Quiso llevársela a charlar
La negra en un samba de rueda
Hizo que el pobre pillo
Quedara hecho jirones
Allá arriba en el cerro, José
En esa choza derrumbada
Vive una negra africana
De la que estoy enamorado
Conocí a esta negra
En la fiesta bacán
De Juca Romão
Donde en medio de la fiesta
Por culpa de la misma
Se armó la trifulca
Un pillo de lengua larga
Sacó su pistola
Y le llamó la atención
La negra que es de armas tomar
Le dio una paliza
Y muchos bofetones
Y no es fácil, no
No es hablar por hablar, José
No es cuento de camino
No te metas con la negra africana
O también te llevas tu tunda
Escrita por: José Teixeira (Bentana) / Jorge Barroso De Lima (Jorginho Do Violão) / Joel Teixeira