Suave Distopia
Conheci uma menina
Que sempre passava por mim
Me via muito triste
E sempre dizia assim:
Sossegue, isso nunca vai acontecer aqui
Sossegue, isso nunca vai acontecer aqui
Aquilo me deixava mais triste
E eu não sabia por que
Triste noite, triste dia
Eu não sabia por que
Cheguei a trocar de calçada
Pra não mirar os seus olhos
E não ouvir a sua voz
Mas do outro lado da rua
ela gritava pra mim:
Ei, ei, sossegue!
Isso nunca vai acontecer aqui
Sossegue! Isso nunca vai acontecer aqui
Certo dia eu passeava
Naquela rua escura
Estranhei porque não vi sinal da figura
E não ouvi sequer murmúrio
Do seu repetido augúrio
Foi quando uma voz soturna
Sussurrou atrás de mim:
Cuidado, aconteceu com ela!
O que não ia acontecer aqui
Repare!
Pode ser o nosso fim
Me virei e não vi ninguém
Só cena de um pesadelo
Que me devorou também
Só cena de um pesadelo
Que me devorou também
Que me devorou também
Pesadelo
Que me devorou também
Distopía Suave
Conocí a una chica
Que siempre pasaba por mí
Me veía muy triste
Y siempre decía así:
Tranquilo, eso nunca va a pasar aquí
Tranquilo, eso nunca va a pasar aquí
Eso me ponía más triste
Y no sabía por qué
Noche triste, día triste
No sabía por qué
Cambié de acera
Para no mirar sus ojos
Y no escuchar su voz
Pero del otro lado de la calle
ella me gritaba:
¡Eh, eh, tranquilo!
Eso nunca va a pasar aquí
Tranquilo, eso nunca va a pasar aquí
Un día paseaba
Por esa calle oscura
Extrañé no ver la figura
Y no escuchar ni un murmullo
De su repetido augurio
Fue cuando una voz sombría
Susurró detrás de mí:
¡Cuidado, le pasó a ella!
Lo que no iba a pasar aquí
¡Fíjate!
Puede ser nuestro fin
Me volteé y no vi a nadie
Solo escena de una pesadilla
Que también me devoró
Solo escena de una pesadilla
Que también me devoró
Que también me devoró
Pesadilla
Que también me devoró
Escrita por: João Santana / Jorge Alfredo