395px

Pagode En Baldim

José Alves e Adan

Pagode Em Baldim

Arreei o meu cavalo e passei pelos atalhos.
Com a menina fui falar.

Me falaram que o pai dela é como um burrão de cela,
Valentão lá do lugar.

Eu cheguei na casa dela ela estava na janela
E o velho foi chamar.

Ele é muito valente, estava armado até os dentes
Começou me provocar.

Eu então gritei mais alto, do cavalo dei um salto
Com o velho falei assim:
"o senhor está enganado, eu nasci lá no cerrado, município de baldim".

Viu que eu sou parada torta, ele então abriu a porta
Me convidou pra entrar.

Perguntou o que eu queria.
"eu vim ver sua filha, só com ela vou falar".

Ele veio pro meu lado, com os olhos arregalados
Começou a me falar:
"minha filha é muito nova, eu quero que você prove que com ela vai casar".

Nessa hora eu tive medo
E saí dali mais cedo, sem resposta ao velho dar.

Esse velho é pirracento, desse jeito não agüento,
É melhor eu terminar.


Pagode En Baldim

Arreé mi caballo y pasé por los atajos.
Con la chica fui a hablar.

Me dijeron que su padre es como un bruto de celda,
Un bravucón de por aquí.

Llegué a su casa y ella estaba en la ventana,
Y el viejo fue a llamar.

Es muy valiente, estaba armado hasta los dientes,
Empezó a provocarme.

Entonces grité más fuerte, salté del caballo,
Y al viejo le dije así:
"Señor, está equivocado, yo nací en el cerrado, municipio de Baldim".

Vio que soy hueso duro de roer, entonces abrió la puerta
Y me invitó a entrar.

Preguntó qué quería.
"Vine a ver a su hija, solo con ella quiero hablar".

Se acercó a mi lado, con los ojos bien abiertos,
Empezó a decirme:
"Mi hija es muy joven, quiero que demuestres que te casarás con ella".

En ese momento tuve miedo
Y me fui de allí más temprano, sin darle respuesta al viejo.

Este viejo es terco, de esta manera no aguanto,
Es mejor que termine.

Escrita por: Tito Mendes