395px

Triste Vaquero

José Fortuna

Boiadeiro Triste

Boiadeiro triste, que cortou estrada atrás de boiada por esse sertão,
Vejo nos teus olhos a grande saudade, que ainda está guardada em seu coração.
Boiadeiro triste não se desespere, pois aqui na terra tudo é mesmo assim.
Os tempos ditosos tão depressa passam, como uma fumaça tudo tem seu fim

Eu sei que você não esquece um pouquinho os longos caminhos onde percorreu
O cavalo baio fiel companheiro faz tanto janeiro que talvez morreu
Por isso não chore, console comigo, também tive amigos e hoje vivo só
Meu feliz passado nunca mais esqueço, hoje só padeço mas ninguém tem dó.

Boiadeiro triste, faça como eu faço, jogue fora o laço se quer esquecer,
Não deixe a lembrança, essa dor pungente ferir vossa mente enquanto viver
Olhe para frente, esqueça a boiada e a longa estrada que ficou pra trás
Seu tempo de moço, feliz e risonho, tudo foi um sonho que não volta mais

Triste Vaquero

Vaquero triste, que recorrió el camino detrás del ganado por este desierto,
Veo en tus ojos la gran añoranza, que aún está guardada en tu corazón.
Vaquero triste, no te desesperes, porque aquí en la tierra todo es así.
Los tiempos felices pasan tan rápido, como el humo, todo tiene su fin.

Sé que no olvidas ni un poco los largos caminos que recorriste,
El caballo alazán, fiel compañero, hace tanto enero que tal vez murió.
Por eso no llores, consuélame, también tuve amigos y ahora vivo solo.
Mi feliz pasado nunca lo olvido, hoy solo sufro pero nadie tiene compasión.

Vaquero triste, haz como yo hago, tira el lazo si quieres olvidar,
No dejes que el recuerdo, ese dolor punzante, hiera tu mente mientras vivas.
Mira hacia adelante, olvida el ganado y el largo camino que quedó atrás.
Tu tiempo de joven, feliz y risueño, todo fue un sueño que no vuelve más.

Escrita por: