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Yo y el Tiempo

José Fortuna

Eu e o Tempo

Diga, velhinho, quem tu és? responde, aonde vais com tanta pressa assim?
- eu sou o tempo, e correr preciso, para que em tudo possa dar um fim.

Ah! então foste tu, que em meu feliz passado, meus lindos sonhos destruiu sem dó?
- sim, é meu destino deixar onde passo, morte, tragédia, solidão e pó.

Diga, o que foi feito da mulher que amei, ainda está linda. ou envelheceu?
- botei-lhe rugas em suas faces lindas, cobri de neve os cabelos seus.

E o que foi feito daquele caminho onde eu passava a sonhar de amores?
- cobri seu leito com capim agreste, botei espinhos onde havia flores.

E o que foi feito da paineira velha., onde deixei minhas iniciais?
- eu a derrubei com o vendaval dos anos, nem seu vestígio não existe mais

Ó tempo ingrato, diga o que fizeste, daquela casa onde nasci
- na noite longa do esquecimento, sem piedade eu a destruí.

Por que não pára, tempo traiçoeiro, tudo destrói em sua caminhada?...
- nem mesmo as pedras meu poder resiste, tudo no mundo eu transformo em nada.

Por isso os anos passam tão depressa, diga. como fazes para correr assim?
- construo as horas, semanas e meses, anos e séculos para o eterno fim.

E o que farei se a vida é assim tão curta qual uma luz na escuridão perdida?
- faças o bem sem demorar, porque, breve virei para levar-te a vida.

Qual furacão arrastando tudo, rindo-se de mim ele foi embora
Só então notei que também minha vida, ele arrastava pelo mundo a fora

Yo y el Tiempo

Dime, viejito, ¿quién eres tú? responde, ¿a dónde vas tan apurado?
- yo soy el tiempo, y correr debo, para poner fin a todo.

¡Ah! entonces fuiste tú, que en mi feliz pasado, destruiste mis hermosos sueños sin piedad?
- sí, es mi destino dejar a mi paso, muerte, tragedia, soledad y polvo.

Dime, ¿qué fue de la mujer que amé, sigue hermosa o envejeció?
- le puse arrugas en sus hermosas mejillas, cubrí de nieve sus cabellos.

Y ¿qué fue del camino por donde solía pasar soñando de amores?
- cubrí su lecho con hierba salvaje, puse espinas donde había flores.

Y ¿qué fue de la vieja ceiba, donde dejé mis iniciales?
- la derribé con el vendaval de los años, ni rastro suyo queda ya.

Oh tiempo ingrato, dime qué has hecho, de aquella casa donde nací
- en la larga noche del olvido, sin piedad la destruí.

¿Por qué no te detienes, tiempo traicionero, destruyendo todo a tu paso?...
- ni siquiera las piedras resisten mi poder, todo en el mundo convierto en nada.

Por eso los años pasan tan rápido, dime, ¿cómo corres así?
- construyo las horas, semanas y meses, años y siglos hacia el eterno fin.

Y ¿qué haré si la vida es tan corta como una luz en la oscuridad perdida?
- haz el bien sin demorar, porque pronto vendré a llevarte la vida.

Como un huracán arrasando todo, riéndose de mí se fue
Sólo entonces noté que también mi vida, él arrastraba por el mundo afuera

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