395px

Mi almohada

José Manuel Barreto

Minha Almofada

Vou falar-te outra vez, minha almofada
Daquela a que a saudade me consome
Soubeste-nos aqui de madrugada
Soubeste-me ao silêncio do teu nome

Tem nome duma flor por inventar
Quebrada pela vida, como eu
A flor que o Sol não quer iluminar
Mas vai gritando ao Sol que já nasceu

Vê bem minha almofada, faz-se dia
Não esqueças essa longa madrugada
Que o chegar da saudade essa agonia
Vou falar-te outra vez, minha almofada

Mi almohada

Hablaré contigo otra vez, mi almohada
El que anhelo me consume
Nos oíste aquí al amanecer
Me conociste en el silencio de tu nombre

Lleva el nombre de una flor no inventada
Rompido por la vida, como yo
La flor que el sol no quiere iluminar
Pero estás gritando al sol que ha salido

Mira bien mi almohada, es de día
No olvides ese largo amanecer
Que la llegada del anhelo de esta agonía
Hablaré contigo otra vez, mi almohada

Escrita por: