A Ti Meu Velho Pai

A ti, meu velho querido
De joelhos no chão ofereço
Este rústico adereço
Trançado de couro cru
E esta prece de xirú
Que rezo trançando os dedos
Já que não guardo segredos pra um amigo que nem tu
Já que não guardo segredos pra um amigo que nem tu

Te foste como os outros foram
Para o velho pago do além
Onde um dia também
Eu quero bolear a perna
E o patrão que nos governa
Que por certo é teu amigo
Há de ser bueno contigo ai na querência eterna
Há de ser bueno contigo ai na querência eterna

Já que não sou nem a sombra
Do que foste, velho santo
Uma coisa eu te garanto
Sempre me orgulhei de ti
Pois contigo eu aprendi
O que é honra e coração
E esta xucra devoção pelo pago onde eu nasci
E esta xucra devoção pelo pago onde eu nasci
E esta xucra devoção pelo pago onde eu nasci

A ti, mi viejo padre

A ti, mi querido viejo
De rodillas en el suelo te ofrezco
Este accesorio rústico
trenza de cuero crudo
Y esta oración de xiru
Que rezo trenzando mis dedos
Como no guardo secretos para un amigo como tú
Como no guardo secretos para un amigo como tú

eras como los otros eran
A la vieja paga del más allá
donde un día también
quiero patearme la pierna
Y el jefe que nos gobierna
quien seguramente es tu amigo
Estará bien contigo allí en el amor eterno
Estará bien contigo allí en el amor eterno

Como no soy ni la sombra
¿Qué eras, viejo santo?
Una cosa te garantizo
siempre estuve orgulloso de ti
porque contigo aprendi
¿Qué es el honor y el corazón?
Y esta dulce devoción a la paga donde nací
Y esta dulce devoción a la paga donde nací
Y esta dulce devoción a la paga donde nací

Composição: Jayme Caetano Braun / José Mendes