O Biscateiro
Meu velho pai
Nunca teve profissão
Mas pra defender o pão
Sempre arranjou dinheiro
Logo cedinho
Ele partia pro batente
De biscate em biscate
Biscateava o dia inteiro
E quantas vezes
Quando a coisa apertava
O meu velho se virava
De servente de pedreiro
Igual o galo
O pintinho também sai
Por isso puxei meu pai
Também sou um biscateiro
Não tenho direito a férias
Não tenho décimo terceiro
Vou falar com um candidato
Pra fundar o sindicato
Da classe dos biscateiros
Não tenho direito a férias
Não tenho décimo terceiro
Vou falar com um candidato
Pra fundar o sindicato
Da classe dos biscateiros
Depois da escola
Me virava de engraxate
De garçom e de mascate
Ferro velho e verdureiro
Desde esse tempo
Acabou minha mamata
E saí catando lata
E aprendi ser marreteiro
Eu era pobre
Mas andei sempre na linha
Nunca fui um trombadinha
Nem moleque maloqueiro
E neste mundo
Quem não tem emprego certo
Tem que ser um cara esperto
Para ser bom biscateiro
Não tenho direito a férias
Não tenho décimo terceiro
Vou falar com um candidato
Pra fundar o sindicato
Da classe dos biscateiros
Não tenho direito a férias
Não tenho décimo terceiro
Vou falar com um candidato
Pra fundar o sindicato
Da classe dos biscateiros
Vou falar com um candidato
Pra fundar o sindicato
Da classe dos biscateiros
Vou falar com um candidato
Pra fundar o sindicato
Da classe dos biscateiros
Vou falar com um candidato
Pra fundar o sindicato
Da classe dos biscateiros
El Trabajador Informal
Mi viejo padre
Nunca tuvo profesión
Pero para defender el pan
Siempre encontraba dinero
Desde temprano
Él se iba a trabajar
De trabajo en trabajo
Trabajaba todo el día
Y cuántas veces
Cuando la cosa se ponía difícil
Mi viejo se las arreglaba
Como peón de albañil
Como el gallo
El pollito también sale
Por eso seguí a mi padre
También soy un trabajador informal
No tengo derecho a vacaciones
No tengo aguinaldo
Voy a hablar con un candidato
Para fundar el sindicato
De la clase de los trabajadores informales
No tengo derecho a vacaciones
No tengo aguinaldo
Voy a hablar con un candidato
Para fundar el sindicato
De la clase de los trabajadores informales
Después de la escuela
Me las arreglaba como lustrabotas
Como mesero y vendedor ambulante
Chatarrero y verdulero
Desde ese tiempo
Se acabaron mis privilegios
Y empecé a recoger latas
Y aprendí a ser astuto
Yo era pobre
Pero siempre me mantuve en el camino
Nunca fui un ladrón
Ni un chico problemático
Y en este mundo
Quien no tiene un trabajo fijo
Debe ser astuto
Para ser un buen trabajador informal
No tengo derecho a vacaciones
No tengo aguinaldo
Voy a hablar con un candidato
Para fundar el sindicato
De la clase de los trabajadores informales
No tengo derecho a vacaciones
No tengo aguinaldo
Voy a hablar con un candidato
Para fundar el sindicato
De la clase de los trabajadores informales
Voy a hablar con un candidato
Para fundar el sindicato
De la clase de los trabajadores informales
Voy a hablar con un candidato
Para fundar el sindicato
De la clase de los trabajadores informales
Voy a hablar con un candidato
Para fundar el sindicato
De la clase de los trabajadores informales
Escrita por: Benedito Seviero / J. Luis