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Devires (part. Eduardo Swerts, Gerry Varona e Pedro Trigo Santana)

Kristoff Silva

Devires (part. Eduardo Swerts, Gerry Varona e Pedro Trigo Santana)

Sonhei o rio, a brisa e a maré
E palmas altas
E água murmurando
Guadalquivir, talvez Capibaribe
Itapoã, quem sabe Daomé

Do sonho, duas visões retive
Um louva-a-Deus
Deus pousando em João Cabral
E Dorival, na praia, arquitetando
A nuvem, a gaivota e o litoral

Abraço minha sombra imponderável
Confio minha luz à trama viva
Dos fios, dos desígnios do invisível

Entrego-me aos devires da deriva
Não porque eu não vejo outro caminho
Mas porque sonhei que a vida é sonho

Sonhei o rio, a brisa e a maré
E palmas altas
E água murmurando
Guadalquivir, talvez Capibaribe
Itapoã, quem sabe Daomé

Devires (part. Eduardo Swerts, Gerry Varona e Pedro Trigo Santana)

Soñé el río, la brisa y la marea
Y palmas altas
Y agua murmurando
Guadalquivir, tal vez Capibaribe
Itapoã, quién sabe Daomé

Del sueño, dos visiones retuve
Un insecto palo
Dios posándose en João Cabral
Y Dorival, en la playa, arquitectando
La nube, la gaviota y el litoral

Abrazo mi sombra imponderable
Confío mi luz a la trama viva
De los hilos, de los designios de lo invisible

Me entrego a los devires de la deriva
No porque no veo otro camino
Sino porque soñé que la vida es sueño

Soñé el río, la brisa y la marea
Y palmas altas
Y agua murmurando
Guadalquivir, tal vez Capibaribe
Itapoã, quién sabe Daomé

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