395px

Oblígame a Sonreír

Lab

Me Obrigue a Sorrir

Eu tô de cara fechada, então me obrigue a sorrir
Meu mundo não há graça, então me deixe aqui
Não faça graça pra mim, não é o meu cachorro
Não de a pata nem pensando que te dou um osso

O nosso povo é assim, acostumado com pouco
Enche o bolso e esvazia pagando o imposto
Mas o meu povo é tolo, achando que é sábio
Faz hora extra pra tentar repor o seu salário

Cooperação é rara, é cada um por si
Mas as contas que aqui chegam também tão ai
Nós queremos mudança, não queremos mudar
Nós queremos que lutem, não queremos lutar

Meu povo alienado, se sentiu culpado
Avançaram pro futuro sem olhar o passado
Nossa democracia é pra quem tem poder
Se tu não tem poder, só resta se fuder

Somos o povo da nota não da bola
Preferem morar na rua do que ir a escola
Deputados são heróis e não os professores
E ainda aplaudem de pé os nossos governadores

Nossas ruas estão sujas com o que falamos
Prometem mudar o mundo e nós acreditamos
Mas não leva nem pra fora o lixo que produz
As coisas vão melhorar em nome de Jesus

Não! Nenhuma divindade vai mudar o mundo
Mas as coisas tem mudado a cada segundo
Se uma bomba explodir, o mundo para
Mas se alguém te roubar, riem da sua cara

A minha casa é um oásis de intimações
A minha conta é o baú para os grandes ladrões
O meu ouvido é o lixo que traz esperança
E os meus olhos testemunhas dessa tal mudança

Do jeito que as coisas tá não posso reclamar
Se eu falar alguma coisa vão querer me acusar
Vão me processar, vão me vigiar
Se estado não resolver, vão tentar me matar!

Nossa guerra acontece mas é virtual
Vou te atacar, porque acho mais legal
Eu não vou pra rua, porque sou atacado
Por aqueles que deviam é estar do meu lado

O povo que me defende é o que também me ataca
O povo que me salva é o que também me mata
O povo que decide é o que também não faz
E a massa paga o pato dos ditos principais

Eles me mostram o que daqui eu não posso ver
Me obrigam acreditar no que eles querem crer
Mas quem começou eu não preciso saber
Eu vou pra rua te julgar porque eu vi na TV

Meu povo alienado, não se sentiu culpado
Avançaram pro futuro sem olhar o passado
Nossa democracia é pra quem tem poder
Se tu não tem poder, só resta se fuder

Desigualdade social aqui ainda é mato
O preconceito racial ainda é um fato
Só sabem diferenciar o preto do branco
E na hora do B.O, todo mundo é santo!

Bilhões são investidos para ajudar o povo
Mas nunca são vistos, já botaram no bolso
Perdemos nosso osso, nem sentimos o gosto
E não adianta farejar porque foi dado a outro

O preço da passagem não compensa a viagem
O asfalto na rua nos deixa em desvantagem
O nosso povo feliz, essa é minha miragem
Mas meu povo em guerra, essa é minha imagem

Nós podemos lutar, não sei se conseguir
Derrubar os ladrões que tentam te oprimir
Ou tentam seduzir, e assim te induzir
E se tu não cooperar, eles vão te punir

Como vou ser feliz se o meu povo não é
Como vou colocar em algo toda minha fé
Meu povo se conforma não querem se unir
Eu não estou feliz, então me obrigue a sorrir

Oblígame a Sonreír

Estoy de mal humor, así que oblígame a sonreír
Mi mundo no tiene gracia, así que déjame aquí
No hagas chistes para mí, no soy tu perro
No des la pata pensando que te daré un hueso

Nuestra gente está acostumbrada a poco
Llena los bolsillos y los vacía pagando impuestos
Pero mi gente es ingenua, cree que es sabia
Hace horas extras para intentar recuperar su salario

La cooperación es rara, cada uno por su lado
Pero las cuentas que llegan también están aquí
Queremos cambio, no queremos cambiar
Queremos que luchen, no queremos luchar

Mi gente alienada, se siente culpable
Avanzaron hacia el futuro sin mirar el pasado
Nuestra democracia es para los poderosos
Si no tienes poder, solo te queda joderte

Somos el pueblo de la nota, no del balón
Prefieren vivir en la calle que ir a la escuela
Los diputados son héroes, no los profesores
Y aún aplauden de pie a nuestros gobernadores

Nuestras calles están sucias con lo que decimos
Prometen cambiar el mundo y nosotros creemos
Pero no sacan la basura que producen
Las cosas mejorarán en nombre de Jesús

¡No! Ninguna divinidad cambiará el mundo
Pero las cosas han cambiado cada segundo
Si explota una bomba, el mundo se detiene
Pero si te roban, se ríen en tu cara

Mi casa es un oasis de intimidades
Mi cuenta es el cofre para los grandes ladrones
Mi oído es la basura que trae esperanza
Y mis ojos testigos de ese cambio

Así como están las cosas, no puedo quejarme
Si digo algo, querrán acusarme
Me procesarán, me vigilarán
Si el estado no resuelve, intentarán matarme

Nuestra guerra es virtual
Te atacaré, porque me parece más divertido
No salgo a la calle, porque soy atacado
Por aquellos que deberían estar de mi lado

El pueblo que me defiende es el que también me ataca
El pueblo que me salva es el que también me mata
El pueblo que decide es el que tampoco hace
Y la masa paga el pato de los supuestos principales

Me muestran lo que no puedo ver desde aquí
Me obligan a creer en lo que quieren creer
Pero no necesito saber quién empezó
Voy a la calle a juzgarte porque lo vi en la TV

Mi gente alienada, no se siente culpable
Avanzaron hacia el futuro sin mirar el pasado
Nuestra democracia es para los poderosos
Si no tienes poder, solo te queda joderte

La desigualdad social aquí sigue siendo común
El prejuicio racial sigue siendo un hecho
Solo saben diferenciar entre negro y blanco
Y a la hora de la verdad, todos son santos

Se invierten miles de millones para ayudar al pueblo
Pero nunca se ven, ya se los han guardado
Perdimos nuestro hueso, ni siquiera sentimos el sabor
Y no sirve de nada buscar porque se lo dieron a otro

El precio del pasaje no compensa el viaje
El asfalto en la calle nos deja en desventaja
Nuestra gente feliz, esa es mi ilusión
Pero mi gente en guerra, esa es mi imagen

Podemos luchar, no sé si lograremos
Derribar a los ladrones que intentan oprimirte
O intentan seducirte, y así inducirte
Y si no cooperas, te castigarán

¿Cómo seré feliz si mi gente no lo es?
¿Cómo depositar toda mi fe en algo?
Mi gente se conforma, no quieren unirse
No estoy feliz, así que oblígame a sonreír

Escrita por: