Dobrando As Cobertas
Só ficar esperando eu não vou
E vou até já fechando a janela
Pra não ver essa rua sem cor
Essa calçada parada sem pressa
E vou sair por ai procurar perseguir
Me esbarrar nas pessoas
Nos risos, nos becos, nas festas
Só ficar esperando eu não vou
E vou até já dobrando as cobertas
E deixar esse quarto essa dor
Essas paredes tão frias, desertas
E vou tentar reviver, conhecer te esquecer
Me entregar as pessoas
Aos dias, as noites, as feras
Vou ao encontro de alguma esperança
Pra triste lembrança poder apagar
Essa espera, esse tempo, esse descontento
Pra desencantar
Vou me atirar noutro colo mais forte
Que esquente e suporte meu modo de dar
Que me invada, que grite
Que vibre, que corte
Que saiba entregar
Doblando las cobijas
No me quedaré solo esperando
Y cerraré la ventana de una vez
Para no ver esta calle sin color
Esta acera quieta sin prisa
Y saldré por ahí buscando perseguir
Chocar con la gente
En risas, callejones, fiestas
No me quedaré solo esperando
Y hasta doblaré las cobijas
Y dejaré este cuarto, este dolor
Estas paredes tan frías, desiertas
Y trataré de revivir, conocer, olvidarte
Entregarme a la gente
A los días, las noches, las fieras
Voy en busca de alguna esperanza
Para poder borrar el triste recuerdo
Esta espera, este tiempo, este descontento
Para desencantarme
Me lanzaré a otro regazo más fuerte
Que caliente y soporte mi forma de dar
Que me invada, que grite
Que vibre, que corte
Que sepa entregarse
Escrita por: Ivor Lancellotti / Leci Brandão