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Cobra-Coral

Leo Fazio

Cobra-Coral

Cabeça abstrata
Como a praga que vaga e varre a noite
A foice me chama e em seguida me clama
Com sede, parada, calada
Me entrega tudo e eu não vejo nada
Mais nada a dizer, nada ao que morrer
Então, se eu morrer não chore não
Se eu viver não dê risada
Pois é só poesia
Cabeça equilátera
Que me acalma acalma, acalma, mas onde?
Caboclo sem cama
Pandora, pindorama
Às 13 no páteo do colégio
Me lavo a ponto de ser sacrilégio
A ponte-estadia me terá, logo, um dia
Mas não, se eu correr não caio não
Se eu correr, corri, mais nada
Pois é só correria

Cobra-Coral

Cabeza abstracta
Como la plaga que vaga y barre la noche
La guadaña me llama y luego me reclama
Con sed, quieta, callada
Me entrega todo y no veo nada
Nada más que decir, nada por lo que morir
Entonces, si muero no llores
Si vivo no te rías
Porque es solo poesía
Cabeza equilátera
Que me calma, calma, calma, pero ¿dónde?
Campesino sin cama
Pandora, pindorama
A las 13 en el patio del colegio
Me lavo a punto de ser sacrilegio
El puente-estadía me tendrá, pronto, un día
Pero no, si corro no caigo
Si corro, corrí, nada más
Porque es solo correría

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