395px

Romance de un Posteiro

Leôncio Severo

Romance De Um Posteiro

Quando me deram para erguer numa invernada
Um rancho humilde, igualzito a uma joão-barreiro
Deixei da sina de teatino pelo mundo
Pra enraizar-me vida a fora de posteiro

E despacito fiz meu rancho bem quinchado
Perto do umbú que foi guaxo igual a mim
Estendi cercas pras mangueiras num sentado
Eu que negava pelos rumos do sem fim

Limpei cacimbas e da lida fiz carinhos
Nesta invernada esquecida aos cafundós
Mas quando cevo meu amargo, este caminho
Tenteia a alma, por saber-me assim tão só

Chinoca linda, que ainda sei, na espera
Deste posteiro que hoje cedo, ao madrugar
Viu no umbú refazendo uma tapera
Dois barreiritos me dizendo ir te buscar...

Por isso, estrada, destramela tuas porteiras
Que a galopito, este andejo, hoje posteiro
Trará a garupa, a chinoca companheira
Para enfeitar o viver deste campeiro...

Romance de un Posteiro

Cuando me encargaron levantar en un campo
Un rancho humilde, igualito a un Juan Barreiro
Dejé la vida de trotamundos por el mundo
Para arraigarme como posteiro

Y despacito construí mi rancho bien abrigado
Cerca del guayabo que fue salvaje como yo
Puse cercas para los mangos mientras descansaba
Yo, que rechazaba los caminos sin fin

Limpié los pozos y con cuidado trabajé
En este campo olvidado en lo más profundo
Pero cuando cebo mi amargo mate, este camino
Tienta el alma, al saberme tan solo

Chinita hermosa, que aún sé, esperando
A este posteiro que temprano, al amanecer
Vio en el guayabo reconstruyendo una choza
Dos pajaritos diciéndome que vaya a buscarte...

Por eso, camino, abre tus portones
Que a galope, este vagabundo, hoy posteiro
Traerá en la grupa a la china compañera
Para adornar la vida de este gaucho...

Escrita por: Lauro Antonio Correa Simões / Zulmar Benitez