Irreal

Ruas vazias, calçadas frias, vitrines
Que não exprimem o eu que sinto, e eu absinto, como em um filme
Sucesso de bilheteria, sem conteúdo
Eu me tornei tudo aquilo que eu disse que não seria
Merda ultimamente é o que mais tenho feito
Eu me perdi entre goles, porres, tragos, maços, peitos
Escuro, e daqui eu só vejo silhuetas
Onde quem tem respeito é quem come mais buceta
Darwin, eu entendo só agora a evolução
Talvez eu me tornei assim pela situação
A adaptação, e meu incrível dom
De reviver o passado, de partir coração
E tudo que fiz de errado veio à tona, como sempre
E eu dando desculpas atoa, comumente
Ela disse: como mente!
É, como sempre! Já faz tempo que eu nem sei o que é real, sério
É domingo, tá frio, e eu longe de casa
Matei um maço de Marlboro e a dois meses nem fumava
Sai sem rumo, só eu, Deus e a luz da lua, escuta
Na madrugada, o lar dos poetas e das putas

E eu não sei se isso aqui é o mundo real
Mas eu já nem sei se eu queria que isso fosse real
Meu castelo de poeira, trono de mentira
Desmorona toda noite, eu sei, o mundo gira ainda assim todo dia é igual

Rasguei todas as fotos que estavam sobre a estante
Eu tento não surtar pra que tua falta não me espanque
Não tem Skank que dê jeito, olha o que você fez
Eu só queria dopar pra acordar daqui seis mês
Mas é tudo é relativo, impõe imperativo
E o absurdo é que nem eu me sinto vivo, pensei
Sério, sou mistério pra quem vê fora
Porque se parar pra ver por dentro você chora
Sempre achei que eu fosse um imã de problema
E demorei pra perceber que eu quem dava sufoco
Só nos esquemas, sempre agindo sem conduta
Filho da puta demais pra jogar a culpa pros outros
E agora a vida me ensinou que não é fácil, não
E só agora eu vi que eu não sou de aço, não
Mas sendo tarde, rumo ao desconhecido
Desejando voltar pra onde não devia ter saído
Eu sigo nessa e que se foda, sim
Quem não tem rumo não tem pressa e muito menos vê o fim
Sem destino, só eu, Deus e a luz da lua, escuta
Na madrugada, o lar dos poetas e das putas

E eu não sei se isso aqui é o mundo real
Mas eu já nem sei se eu queria que isso fosse real
Meu castelo de poeira, trono de mentira
Desmorona toda noite, eu sei, o mundo gira ainda assim todo dia é igual

Es irreal

Calles vacías, aceras frías, vitrinas
Que no expresan el yo que siento, y me absenta, como en una película
Éxito de taquilla, sin contenido
Me he convertido en todo lo que dije que no sería
La basura últimamente es lo que más he estado haciendo
Me perdí entre sorbos, bebidas, paquetes, pechos
Oscuro, y desde aquí sólo veo siluetas
Donde el respeto es el que come más gato
Darwin, entiendo sólo ahora la evolución
Tal vez me volví así por la situación
La adaptación, y mi increíble regalo
Para revivir el pasado, para romper el corazón
Y todo lo que hice mal salió, como siempre
Y estoy haciendo excusas todo el tiempo, comúnmente
Ella dijo, ¡cómo mientes!
¡Sí, como siempre! Ha pasado mucho tiempo desde que ni siquiera sé lo que es real, en realidad
Es domingo, hace frío, y estoy lejos de casa
Maté a una manada de Marlboro y hace dos meses ni siquiera fumé
Sal sin rumbo, sólo yo, Dios y la luz de la luna, escucha
Al amanecer, el hogar de poetas y prostitutas

Y no sé si este es el mundo real
Pero ni siquiera sé si quería que esto fuera real
Mi castillo de polvo, trono acostado
Se desmorona cada noche, lo sé, el mundo se vuelve quieto todos los días es el mismo

Rompí todas las fotos que estaban en el estante
Trato de no asustarme para que no me golpees
No hay Skank que sea útil, mira lo que has hecho
Sólo quería drogarse para despertarme en seis meses
Pero todo es relativo, impone imperativo
Y lo absurdo es que ni siquiera yo me siento vivo, pensé
En serio, soy un misterio para los forasteros
Porque si te paras a ver dentro lloras
Siempre pensé que era un imán problemático
Y me tomó un tiempo darme cuenta de que yo era el que se ahogó
Sólo en las estafas, siempre actuando fuera de conducta
Demasiado bastardo para culpar a nadie más
Y ahora la vida me ha enseñado que no es fácil, no
Y sólo ahora vi que no soy de acero, no
Pero llegar tarde, en lo desconocido
Deseando volver a donde no debí irme
Me quedaré con él y lo joderé, sí
Aquellos que no tienen dirección no tienen prisa, y mucho menos ver el final
No hay destino, sólo yo, Dios y la luz de la luna, escuchen
Al amanecer, el hogar de poetas y prostitutas

Y no sé si este es el mundo real
Pero ni siquiera sé si quería que esto fuera real
Mi castillo de polvo, trono acostado
Se desmorona cada noche, lo sé, el mundo se vuelve quieto todos los días es el mismo

Composição: LetoDie