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Primo de Chico Mineiro

Liu e Léu

Primo do Chico Mineiro

Meu tempo de boiadeiro
Eu não esqueço jamais
O primo Chico Mineiro
Que foi o meu capataz

O grito da peãozada
Em busca dos marruás
Quando eu peguei boi a laço
No chão de Minas Gerais

Viajei pela boiadeira
Descendo dos pantanais
Formando nuvens de poeira
Na copa dos coqueirais

E quantas noites dormidas
No meio dos carrascais
Em cima de alguns baixeiros
O forro dos animais

A comitiva pesada
Cargueiro de cereais
Berrante de madrugada
Manhãs de uns anos atrás

Passei por vales e montes
Dos quatro pontos cardeais
Fazendo entrega de boi
Em diversas capitais

Deixei de ser boiadeiro
E quanto tempo já faz
O primo Chico Mineiro
Mataram em Minas Gerais

Daquele bom companheiro
Só existe restos mortais
Adeus peões e boiadas
Adeus para nunca mais

Primo de Chico Mineiro

Mi tiempo como vaquero
Jamás lo olvidaré
El primo Chico Mineiro
Que fue mi capataz

El grito de los peones
Buscando los marruás
Cuando atrapé al toro con lazo
En tierras de Minas Gerais

Viajé por la ruta de los vaqueros
Descendiendo de los pantanos
Formando nubes de polvo
En la copa de las palmeras

Y cuántas noches dormidas
En medio de los matorrales
Encima de algunos bajíos
El forro de los animales

La comitiva pesada
Carguero de cereales
Berrante al amanecer
Mañanas de unos años atrás

Pasé por valles y montes
De los cuatro puntos cardinales
Entregando toros
En diversas capitales

Dejé de ser vaquero
Y cuánto tiempo ha pasado
El primo Chico Mineiro
Lo mataron en Minas Gerais

De ese buen compañero
Sólo quedan restos mortales
Adiós peones y ganados
Adiós para nunca más

Escrita por: Sebastião Victor