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Para Afinarme

Lucas Kallango

Pra Me Afinar

Vejo carros passando, motocicletas acelerando, eu vejo o fim
Vejo desperdícios, vejo sobras, vejo a falta que faz pra mim
Cigarros no cinzeiro, em cima das contas vencidas prestes a me vencer
Ouço teorias, ouço que não, clamo, gasto lagrimas em vão
E desafinado como meu violão, pego emprestado um diapasão

Eles esperam que eu desista
Aguardam meu sangue para beber
São cruéis, implacáveis com gente como eu

Ouço a porta bater, se fechar, na minha hora hora de entrar
Ouço alunos gritando, também ouço a sombra de um disco voador
As minhas verdades, só me levam a duvidar de quem sou eu
Ouço teorias, ouço que não, clamo, gasto lagrimas em vão
E desafinado como meu violão, pego emprestado um diapasão

Eles esperam que eu desista
Aguardam meu sangue para beber
São cruéis, implacáveis com gente como eu

Não quero dó, não quero o fim
Não quero sol, nem ré menor
Enquanto eu tiver desafinado
Preciso te ouvir, pra me afinar

Para Afinarme

Veo autos pasando, motocicletas acelerando, veo el final
Veo desperdicios, veo sobras, veo lo que me falta
Cigarrillos en el cenicero, sobre las cuentas vencidas a punto de vencerme
Escucho teorías, escucho negativas, clamo, gasto lágrimas en vano
Y desafinado como mi guitarra, tomo prestado un diapasón

Ellos esperan que me rinda
Esperan beber mi sangre
Son crueles, implacables con gente como yo

Escucho la puerta cerrarse, en mi momento de entrar
Escucho a los alumnos gritar, también escucho la sombra de un platillo volador
Mis verdades solo me llevan a dudar de quién soy
Escucho teorías, escucho negativas, clamo, gasto lágrimas en vano
Y desafinado como mi guitarra, tomo prestado un diapasón

Ellos esperan que me rinda
Esperan beber mi sangre
Son crueles, implacables con gente como yo

No quiero lástima, no quiero el final
No quiero sol, ni la menor
Mientras esté desafinado
Necesito escucharte, para afinarme

Escrita por: Lucas Kallango