395px

Xote de Lupita

Lucas Kallango

Xote da Lupita

Esse menino chegue aqui que eu vou contar
Uma história de latim, de tossir, de farejar
Vai perdoando a pobreza dos meus versos
Meio racionais, incertos, que querem barbarizar
Não falo nem latim, nem o português direito
Me ajeito com o meu pernambuquês
Sorrindo, barbarizo satisfeito

Ladrar para não morder, latim para não rosnar
Uns chamam de cadela, ela nunca lhe dá trela
Com seu rabo a balançar, lamber pra se apegar
Ter a vida pra brincar
Lupita, moça jovem e valoroza
Em seu sonho um açougue a vitrinar

Xote de Lupita

Este chico ven aquí que te contaré
Una historia de latín, de toser, de olfatear
Ve perdonando la pobreza de mis versos
Medio racionales, inciertos, que quieren alborotar
No hablo ni latín, ni el portugués correcto
Me arreglo con mi pernambuqués
Sonriendo, alboroto satisfecho

Ladrar para no morder, latín para no gruñir
Unos le llaman perra, ella nunca les hace caso
Con su cola moviéndose, lamer para apegarse
Tener la vida para jugar
Lupita, joven y valiosa muchacha
En su sueño una carnicería para vitrinar

Escrita por: Lucas Kallango