395px

Noches de Paricá

Lucinha Bastos

Noites de Paricá

Chamei o sono veio você
Você na folha do paricá
Pastei nos campos de Oxelê
Deitei na rede do Grão Pará

Pisei a nuvem que não se vê
Vesti o manto de Iemanjá
Fechei o corpo não sei por que
Pedi cachaça com guaraná

E de repente se fez a semente
Em quarto crescente a lua brilhou
Brilhou sobre o lago parado
Recanto encantado num canto de amor

Abri os braços em tantos abraços
Lenços e laços que a noite lançou
Lançou na maré da vazante
Várzeas e ventos na voz que chegou

Noches de Paricá

Llamé al sueño y viniste tú
Tú en la hoja del paricá
Caminé por los campos de Oxelê
Me acosté en la hamaca del Grão Pará

Pisé la nube que no se ve
Me vestí con el manto de Iemanjá
Cerré el cuerpo, no sé por qué
Pedí cachaça con guaraná

Y de repente brotó la semilla
En cuarto creciente la luna brilló
Brilló sobre el lago tranquilo
Rincón encantado en un canto de amor

Abrí los brazos a tantos abrazos
Pañuelos y lazos que la noche lanzó
Lanzó en la marea de la bajante
Várzeas y vientos en la voz que llegó

Escrita por: Paulo André / Ruy Barata